quinta-feira, 11 de abril de 2024

Hipocrisias da vida mundana!

"Quando um homem curte muitas fotos de uma mulher é porque ele tá querendo."

Meu! A única coisa que eu quero é curtir por ter gostado da foto e também fato de que, se a pessoa deu ao trabalho de publicar, vai querer saber que as pessoas gostaram.

Outra coisa, se alguém "tá querendo" nessa história toda é quem publicou. Está querendo receber curtidas ou outras manifestações de apoio e até comentários. 

"Ah, mas tem gente que não pensa assim." Bem, o problema é delas, pois eu penso assim e o que vale parabmim é agir de acordo com meus princípios e não de acordo com a cretinice e hipocrisia do outro.

Prof. Fábio José, o Filó!

sábado, 23 de março de 2024

A lição que aprendi...

Aprendi a celebrar a minha vida a cada instante.

Aprendi a transformar em extraordinário a mais banal dos fatos.

Aprendi a não me afetar pelos ataques dos medíocres. 

Aprendi a não desistir de mim mesmo.

Aprendi a ver o lado bom da vida, por mais cruel que ela possa ser.

Aprendi a não me importar com quem não se importa com o outro.

Aprendi a fazer amigos, mas não depender da atenção deles.

Aprendi que ser ignorado é um alerta para se afastar de quem não irá somar na vida.

Por fim, aprendi a sempre me construir a cada pedra no caminho.

Prof. Fábio José, o Filó!

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

A difícil arte de ser professor


Lecionar é uma aventura que nos conduz da sabedoria até a mais profunda e obscura ignorância.
 
O profissional da educação, ser que cursou uma faculdade para se preparar para o seu labor, que faz inúmeros cursos de capacitação, participou de horas de palestras, tem a casa lotada de livros e revistas, mal é visto assim pelos demais mortais. É descrito por estereótipo que o compõe como uma criatura estranha do que é a realidade, um Frankenstein de conceitos.

Analisando no fundo do meu copo de requeijão transformado em recipiente para minha cerveja outrora gelada, juntei o que já ouvi ou percebi dos responsáveis por aqueles que já foram ou são meus alunos. 

Compartilho aqui com o corajoso e paciente leitor o ser constituído:

• Tem a barba feita ou bem aparada, do contrário não passa respeito. É uma pessoa sem responsabilidade, desmantelado.                                   
• Usa roupa social, pois quem se dá ao respeito se veste assim e um professor deve ser um ser respeitável.
• Calça? Pode ser jeans, mas com a camisa social ou polo dentro dela. 
• Bermuda? Jamais! Nem mesmo deve ser visto usando tal traje em ambientes descontraídos, como rua, praça, piscina, praia... 
• Nada de brinco se for homem, afinal, que exemplo dará aos jovens?
• Tatuagem? Nunca, nem escondida pela vestimenta. Um professor não é adepto do que não é normal.
• Pronuncia a língua portuguesa corretamente, sem nenhum deslize. Caso faça, um absurdo, provavelmente o mais asno de todos os mortais. Um escândalo que tem que ser divulgado, pois é do interesse geral da nação.
• Nunca pronuncia palavras de baixo calão ou gírias. Sua educação e cavalheirismo são exemplares, quase um Lorde inglês ou uma fina dama francesa.
• Sabe tudo, mesmo que não seja da sua área. Aquele que diz que não sabe pois não é no que leciona é um burro, não serve para ser professor.
• Postura fina, gestos delicados, mas não afeminados! É exemplo e isto também se faz em como se porta.
• Perder a cabeça? Ficar nervoso? Nem pensar, isso é coisa de gente baixa, professor é inteligente, sabe se controlar na mais absurda das situações. Não importa se ele ou sua genitora foram ofendidos, jamais revida. A mente superior sempre impera sobre o pecado da ira!
• Bebida alcoólica somente se for vinho, bebida de intelectual, gente estuda e inteligente. Nada a ver com cerveja, bebida mundana. Por isso jamais frequentar um bar, tanto que nunca será visto em tal estabelecimento.
• Não perde seu precioso tempo assistindo novela, distração nada intelectual, apenas assiste filmes chatos e documentários que dão sono.
• É um tipo chato e certinho. Com humor não é confiável, pois uma pessoa profissional é sempre séria. 
• Página no Facebook não é pessoal, é profissional. Para as demais pessoas, ter uma página na rede social é diversão, é ter um lugar para desabafar, falar besteira e postar mensagens religiosas, de esperança, políticas ou de coisas engraçadas. Já para o professor a sua página tem que ser séria, nada de fotos com cigarro, cerveja, sem camisa, beijando (como se tivesse vida amorosa) ou postagens de piadas com duplo sentido ou sem sentido, daquelas que é apenas para rir. 
• Sorri para o aluno, pois a simpatia faz parte do profissional professor. Quem não sorri não sabe agradar e um professor tem que ser uma criatura agradável.
• Tem a péssima mania de perseguir aluno. Quase um compulsivo em cercear o pobre estudante, tudo pelo fato de que não tem nada de interessante em sua vida, nada com que se preocupar, passando a se dedicar ao seu delírio de que a pobre criatura não é o anjinho da mamãe e do papai.
• Deve ser compreensível com o aluno, entender como bom educador que a pobre criança tem dificuldades. Nada de exigir muito ou ser rígido com a qualidade dos trabalhos ou os prazos estabelecidos.
• É caridoso. Releva as traquinagens em aula, ajuda na nota, deixa entregar depois o trabalho. Tudo para conquistar um pedaço do céu.
• Quem manda aluno para fora não sabe educar. O bom e autêntico educador conquista o aluno, desperta nele o interesse pela aula, por isto nunca é atrapalhado por traquinagem.
• O aluno só não faz nada por causa da aula que é chata, nada interessante. Culpa do professor que não sabe lecionar.
• Nota baixa não é tirada pelo aluno. É o professor quem dá. 
• Ganha bem para quem não sabe o que é pegar no pesado.
• Grevista é vagabundo, o tipo que não quer trabalhar. Tem carro, não pega no pesado e ainda quer prejudicar os alunos e atrapalhar a vida dos pais, pessoas ocupadas que ficam sem saber o que fazer com o filho. Além do mais, o que faz não é emprego e sim vocação.

Eis aí o professor, pelo menos na visão do senhor pai ou da senhora mãe, quando não é do senhor avó, tio, irmão ou da senhora avó, tia, irmã, vizinha... 

Estereótipo existe é de uso comum no cotidiano. Não há problema com seu uso, pelo contrário, nos permite saber previamente como nos portar perante alguém, pelo menos ter uma noção de como. Mas, ao conhecermos temos que moldá-lo a partir da realidade, transformar nossa ideia. O problema consiste quando queremos moldar a realidade ao nosso estereótipo.

A labuta diária de um professor se transforma em batalha contra quem ele busca ajudar. Não vejo pessoas brigando com o médico que quer curá-la, a não que se trate de um suicida. Ninguém briga com o garçom antes dele lhe servir. Mas com o professor não é assim. Ele tem que entrar em confronto para provar ao seu inimigo que está lá, na sala de aula, para ajuda-lo, pois quer o melhor para seu educando.

No fim o professor se torna um ser estranho, uma mistura de conceitos, mais que tintas num quadro de Pollock. Poderia encerrar aqui este pensamento regado a cevada, malte, lúpulo e temperatura elevada com o simples dizer de que o professor não deve esquentar a cabeça, apenas fazer o seu trabalho. Justamente aí reside o problema, trabalhar como se tem que batalhar?

Prof. Fábio José, o Filó!