quarta-feira, 30 de novembro de 2011

COMO FAZER UMA DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA

O gênero textual DISSERTATIVO é o tipo mais exigido em provas e concursos no Brasil e, ao mesmo tempo, é um dos textos mais simples de se redigir.

PREPARAÇÃO
Ter conhecimento prévio sobre o assunto a ser dissertado é fundamental. Não há como as idéias surgirem do nada. Mas onde e como encontrar informação e conhecimento para formá-las? É possível encontrarmos nas mais diversas fontes de informação, sejam formais – registrado - em livros, artigos, entre outros, sejam informais, onde se destaca a conversa direta e a experiência de vida. Daí a importância da leitura, fonte de conhecimento e atividade que contribui para o desenvolvimento de um olhar crítico.

ESQUEMA
1 - Dissertação = defesa de uma idéia.
    * Idéia: conjunto de argumento, fatos e dados.

2 - Organização de uma dissertação:
    a - Introdução (tese);
    b - Desenvolvimento/organização (defesa da tese);
    c - Conclusão (tese + desenvolvimento, com enfase ao fecho).

3 - ELEMENTOS BÁSICOS
Ponto de vista (posição) + argumentos (idéias)

4 - ANÁLISE DE UM TEXTO DISSERTATIVO

“Na luta contra a AIDS defrontam-se os rigorosos que exigem respeito aos princípios preventivos, básicos e corretos, contra os complacentes. Aqueles exaltam o valor do relacionamento do pessoal responsável, o combate efetivo à toxicomania e a adequada seleção de doadores de sangue. Os outros preconizam coisas mais agradáveis, como por exemplo o emprego desbragado e a doação gratuita de camisinhas, a distribuição de seringas com agulhas a drogados e a perigosa, além de problemática, lavagem delas com água sanitárias. Agora, os permissivos, que não estão obtendo qualquer vitória, pois a doença afigurasse cada vez mais difundida, ganharam um novo aliado: o Conselho Federal de Entorpecente (Confen), que concordou com o fornecimento de seringas e agulhas, sem ônus, aos viciados. Portanto, esse órgão público associou a ilegalidade à complacência.”

(Vicente Amato Neto [médico infectologista], “Painel do leitor”, Folha de São Paulo, 18/9/1994.)

a - Tema: política anti AIDS do Confen.
b - Posição: contra a política do Confen.
c - Introdução: confronto entre as pessoas que são rigorosas e as que são complacentes na luta contra a AIDS.
d - Argumentação: os rigorosos e os complacentes possuem pontos positivos, ao contrário dos permissivos.
c - Conclusão: a política anti AIDS do Confen é errada por ser permissiva*.

* A conclusão retoma a idéia central presente na introdução.


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