quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Português se torna o vilão dos concursos públicos


Por Helio Silva/Paulo Milet | Rota dos Concursos/Eschola – 21/11/2012 17:11:00

Os erros gramaticais e de interpretação são responsáveis pela maioria das reprovações em concursos públicos. Parece bobagem, mas a fragilidade do conhecimento formal da língua portuguesa está prejudicando milhares de concurseiros. Na era da informação e da internet, saber se comunicar não é suficiente para vencer uma prova de português em um concurso público.

“A internet bagunçou totalmente! Não se observa mais a concordância verbal. Em uma frase, a pessoa é tratada como ‘tu’, mas o verbo é conjugado como se fosse ‘você’. Eu costumo dizer que o concurso não pode ser uma prova ‘auditiva’, o candidato não pode ‘ir pelo ouvido’, porque o mundo virtual destruiu a língua portuguesa!”

A avaliação é de uma apaixonada pela língua: a professora Beatriz Margarida Backes, a Bia, que trabalha há muitos anos na área de concursos. Somente no Curso Vigor, do qual é diretora, são 35 anos de atuação, em Porto Alegre. Ela também trabalhou em duas bancas examinadoras – a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS) e a Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH) -, quando esteve do “outro lado” da história, na produção das provas.

Beatriz tem autoridade para falar do assunto, especialmente depois que os concursos públicos passam a dar ainda mais importância para a prova de português. Um exemplo é a seleção para o cargo de técnico judiciário do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, ocorrida em setembro. A avaliação teve 70 questões objetivas, sendo 26 de português. A responsabilidade do candidato aumentou, já que as questões sobre a disciplina representaram 37% do total dos pontos e tem caráter eliminatório e classificatório. O aumento do peso da língua portuguesa nos concursos é uma tendência, conforme explica a professora: “atualmente muitos concursos tem colocado português como classificatório e eliminatório. Mas a importância dele vai muito além: se o concurso prevê questões de raciocínio lógico, é preciso ter um bom português para entender os enunciados. Na própria legislação, uma colocação pronominal ou uma vírgula deslocada podem mudar tudo”.

O professor Andresan Machado, que dá aulas no curso CETEC e trabalha na preparação para concursos públicos há dez anos, reforça a necessidade de o candidato atentar ao idioma: “o nível das provas está cada vez mais elevado. Dependendo da banca, o candidato precisa acertar de 80% a 90% das questões para estar entre os primeiros a serem nomeados. O mínimo não vale mais”, comenta.

O estudante Alexandre Kickhöfel, 38 anos, se prepara há um ano e meio para concursos públicos e reconhece a importância da disciplina: “português exige dedicação, mas, para mim, há outras matérias mais difíceis”, diz o concurseiro, que pensa que é a matemática que impõe maior dificuldade nas provas de concursos públicos. Já para a tecnóloga em fruticultura Bibiana Galarza, 24 anos, o português é a disciplina mais difícil. “A matemática é exata; no português, é preciso prestar atenção ao contexto”, diz. A estudante lembra que as provas exigem concentração do candidato, que deve analisar as palavras destacadas pela banca examinadora dentro do texto – “elas podem assumir diferentes funções, dependendo do contexto em que forem empregadas”. Para vencer as dificuldades com a disciplina, Bibiana relata que, além de frequentar aulas presenciais, procura outras abordagens assistindo vídeo aulas na internet.

De acordo com levantamento realizado nos dados do banco de questões e simulados online da empresa Rota dos Concursos, com mais de 500.000 questões, interpretação de texto e a morfologia são os tópicos mais exigidos pelas bancas examinadoras. Nas provas do Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), 45,8% dos tópicos exigem interpretação dos textos, já nas avaliações da Escola da Administração Fazendária (Esaf), este assunto representa 28,3% dos itens.

Para garantir a vaga no serviço público, o professor Andresan Machado recomenda que o candidato faça um curso específico da matéria, além de realizar muitos exercícios.  O professor relata a procura crescente pelos cursos de resolução de questões, que são uma boa oportunidade para que o aluno exercite o conhecimento e também se familiarize com a linguagem das organizadoras, garantindo a compreensão dos enunciados das questões: “percebemos que muitas vezes o aluno sabe a matéria, mas não entende o enunciado”, alerta. A professora Beatriz concorda: “conhecer o mecanismo da banca é importantíssimo. O candidato que se habilitar a fazer uma prova e não fizer muito exercício pode ser comparado a alguém que pensa em correr, mas fica só na teoria, no pensamento”, completa. A professora destaca ainda que a postura correta do candidato é o preparo a longo prazo. “Hoje um módulo de seis meses em português, com aulas uma vez por semana, pode chegar a sete, oito meses, dependendo da necessidade do grupo. A resposta é muito positiva. No mínimo, os alunos levam uma nova noção da importância do português”, diz.

A professora reforça que o concurseiro não deve ter pressa e dá a sua dica para aqueles que almejam uma vaga no serviço público: “concurseiro tem que ter escolha, firmeza, persistência e humildade. Esse é o caminho para chegar lá!”

Disponível emhttp://br.educacao.yahoo.net/conteudo.aspx?titulo=Portugu%C3%AAs+se+torna+o+vil%C3%A3o+dos+concursos+p%C3%BAblicos, acessado em 22 de novembro de 2012.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Marinha abre vagas para praticante de prático, com salários de até 130 mil

Por Redação Eschola.com | Eschola.com – 07/11/2012 18:09:00


Diretoria de Portos e Costas da Marinha abriu as inscrições do processo seletivo para 206 vagas de praticante de prático.

Esse profissional é um aquaviário e se habilita como prático se concluir o programa de treinamento denominado de Programa de Qualificação do Praticante de Prático, com duração de 12 a 20 meses, e se for aprovado no Exame de Habilitação específico para a profissão.

O praticante de prático e o prático não são militares ou servidores/empregados públicos, o prático trabalha na iniciativa privada e sua remuneração é dependente basicamente dos serviços prestados as empresas de navegação. O prático é responsável por realizar as manobras nos navios até o cais nos portos brasileiros. A remuneração é variável, pode chegar a R$ 130 mil mensais, dependendo do movimento do porto.

No porto de Santos, por exemplo, um profissional cobra até US$ 8 mil por manobra.

Os candidatos a serem praticantes de prático podem ser de ambos os sexos, com idade mínima de 18 anos até 3 de outubro de 2013; possuir curso de graduação concluído até 28 de agosto de 2013; ser aquaviário da seção de convés ou de máquinas e de nível igual ou superior a 4, prático ou praticante de prático até 28 de agosto de 2013 ou pertencer ao grupo de amadores, no mínimo na categoria de mestre-amador, até a data de encerramento das inscrições (26 de novembro de 2012), inclusive conforme a correspondência com as categorias profissionais estabelecida nas "Normas da Autoridade Marítima para Amadores, Embarcações de Esporte e/ou Recreio e para Cadastramento e Funcionamento das Marinas, Clubes e Entidades Desportivas Náuticas (NORMAM-03/DPC).

As vagas são para as Zonas de Praticagem de Itacoatiara (AM), Tabatinga (AM), Belém (PA), Complexo Portuário Vila do Conde e Adjacências (PA), Itaqui, Alumar e Ponta da Madeira (MA), Fortaleza e Pecém (CE), Areia Branca (RN), Natal (RN), Cabedelo (PB), Recife e Suape (PE), Maceió e Terminal Químico (AL), Redes e Terminal Marítimo Inácio Barbosa (SE), Salvador, Portos e Terminais da Baía de Todos os Santos (BA), Ilhéus (BA), Vitória, Tubarão, Praia Mole, Barra do Riacho e Ubu (ES), Rio de Janeiro, Niterói, Sepetiba, Ilha Guaíba, Ilha Grande (Tebig), Angra dos Reis, Forno, Açu, Barra do Furado e Macaé (RJ), Santos, Baixada Santista, São Sebastião e Tebar (SP), Paranaguá e Antonina (PR), São Francisco do Sul (SC), Rio Grande (RS), Lagoa dos Patos, Rios, Portos e Terminais Interiores (RS), Itajaí e Navegantes (SC) e Imbituba (SC).

O processo seletivo é constituído de prova escrita; apresentação de documentos, seleção psicofísica e teste de suficiência física; prova de títulos; e prova prático-oral.

As inscrições serão realizadas, exclusivamente, no site www.dpc.mar.mil.br, no link "Processo Seletivo à Categoria de Praticante de Prático/2012", de 7 a 26 de novembro. O taxa de inscrição é de R$ 250.

A aplicação da prova escrita será no dia 5 de janeiro de 2013, das 10h30 às 14h30, na cidade do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Estatal ligada ao BB abre concurso para mais de 4.800 vagas


A Cobra Tecnologia, empresa do Banco do Brasil, publicou hoje edital de concurso público que prevê 4.807 oportunidades para cargos de níveis médio, técnico e superior. Das vagas previstas, 11 são para início imediato e 4.796 para formação de cadastro de reserva. Há chances para todos os estados e para o Distrito Federal.

Candidatos de nível médio podem concorrer ao cargo de técnico administrativo, com salário inicial de R$ 1.235,95. O cargo de técnico de operações exige nível médio ou médio/técnico e a remuneração inicial é de R$ 1.460,67. Para graduados, as chances são para os cargos de analista administrativo e analista de operações, com ganhos iniciais R$ 2.471,90 e R$ 3.213,46, respectivamente. Os candidatos aos cargos de analista devem possuir disponibilidade para viagens. A carga horária de trabalho para todos os cargos é de 44 horas semanais.

A seleção será composta por uma prova objetiva com questões sobre Língua Portuguesa, Matemática, Noções de Informática e Língua Inglesa, além de conhecimentos específicos. Haverá ainda duas etapas eliminatórias: entrega de documentos para verificação e exame médico ? pré-admissional. A data provável para aplicação da prova é 20 de janeiro de 2013. Os contratos serão regidos pelo regime celetista. Os aprovados serão contratados ao longo do prazo de validade do concurso, que é de um ano, prorrogável por igual período.

As inscrições para o concurso podem ser feitas a partir da próxima segunda-feira, 5 de novembro, pelo site da organizadora do concurso. O prazo final para a inscrição é dia 4 de dezembro. O valor da taxa de inscrição varia entre R$ 20 e R$ 59.

domingo, 4 de novembro de 2012

Por que fazer uma carta de apresentação?


Por Fabíola Lago, editora do blog do Monster Brasil

Se você já fez seu currículo, estabeleceu suas experiências mais importantes, suas qualificações, especificou a sua área de atuação, é importante fazer sua carta de apresentação. A diferença entre uma carta de apresentação e um resumo da sua carreira, o seu currículo, é a possibilidade de explorar uma linguagem muito mais pessoal, mais vendedora, onde você mostra sua capacidade de articulação e justifica porque se considera apto a ocupar a vaga em questão. É a oportunidade para o seu marketing pessoal. Enquanto currículos devem ser objetivos e factuais, cartas pedem um texto mais ritmado, que expresse um pouco mais de você.

Não existe um procedimento padrão em relação à obrigatoriedade das cartas. Algumas empresas consideram imprescindíveis, outras só lêem depois de conferir os dados do CV, outras, acreditem, jogam fora. Nem sempre essas regras são claras. É bom pesquisar junto ao RH, ao anúncio da vaga. No entanto, trata-se de um exercício excelente para mostrar que você é capacitado, conhece o segmento onde pleiteia trabalhar, pode agregar valor à vaga em aberto.

Se você conhece ou foi indicado ao responsável pela vaga, que pode ser o diretor de RH ou o diretor da área que pretende trabalhar é de bom tom colocar o nome da Pessoa, cargo e da empresa. Assim:

Sr. Antonio Dias
Diretor de TI
San Peter Technologies

Assunto: Vaga para gerente de TI.

Ao longo da carta demonstre que suas aptidões estão sintonizadas com as necessidades da empresa para aquele cargo. Mostre que você conhece a posição da companhia no mercado e que você tem conhecimento no segmento, com dados de crescimento, metas possíveis, cenários econômicos favoráveis.

Não se auto elogie, nem seja modesto demais. Faça uma referência em algum momento ao leitor que ele poderá comprovar a sua experiência no seu currículo em anexo. Nunca cite nada de negativo ou que você não tem a experiência pedida – se for o caso. Mas ressalte que você tem capacidade de aprender e adaptar-se rapidamente às novas circunstâncias.

O Monster tem oito regras preciosas para você desenvolver o texto de sua carta. Confira:

1. Tenha um objetivo claro: “Os candidatos devem se perguntar, antes de tudo, por que estão escrevendo para o recrutador”, afirma Anderson. “Você está respondendo a um anúncio? Apresentando-se? Ou simplesmente enviando uma carta genérica para o maior número possível de pessoas, o que nunca será muito eficaz?”

2. Seja breve: “A concisão é extremamente importante em qualquer carta de apresentação enviada a um recrutador”, explica Anderson, que prefere aquelas que têm meia página ou menos.

3. Tenha foco: Ao responder a uma vaga anunciada, sua carta de apresentação deve se concentrar em uma oportunidade específica. Muitos candidatos, ao redigirem uma carta de apresentação não solicitada ou relacionada a uma indicação, são vagos demais sobre seus objetivos de emprego. “Não tente ser tudo para todos em sua carta de apresentação”, Anderson aconselha. “Como recrutador, procuro especialistas que tenham certos conjuntos de conhecimentos, não generalistas.”

4. Defina metas realistas: Não use a carta de apresentação para obter um cargo muito acima do seu nível atual. “Os recrutadores só podem encaixar pessoas em cargos que estão na próxima etapa lógica”, explica Anderson.

5. Enfatize seus principais pontos: “Gosto de ver cartas de apresentação que sintetizam as principais qualificações de um candidato”, diz Oates. “Seja uma alta média escolar, um conjunto único de habilidades ou um histórico de extraordinário progresso profissional, coloque tudo isso no papel.”

6. Explique os períodos de desemprego e as lacunas em seu histórico profissional: Candidatos bem qualificados em todos os outros aspectos, mas que não fornecem boas razões para um período de desemprego ou uma lacuna em seu histórico profissional correm um grande risco de serem eliminados.

7. Nunca exagere suas qualificações: Oates aconselha aos candidatos que evitem exagerar suas qualificações para serem vistos como perfeitamente adequados a uma vaga anunciada. “Sua carta de apresentação, assim como o seu currículo, deve ser completamente verídica e precisa”, adverte Oates. “Nunca falsifique ou exagere o seu histórico pessoal.”

8. Sigas as regras da redação comercial: “Gosto de ver coerência, fluidez e precisão”, diz Anderson. “Evite usar uma linguagem rebuscada e descrições genéricas, não adicione detalhes pessoais, como o seu estado civil, não se esqueça de incluir suas informações de contato e, obviamente, lembre-se de fazer uma revisão ortográfica.” Consulte obras de referência sobre redação comercial para obter orientação adequada.

Desejamos boa sorte!

Equipe Monster Brasil