sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Ensinando o livre pensar!

De como eu cumpro o meu papel de Professor sem ser um manipulador!




Os raivosos defensores do Escola Sem Partido enxergam nos professores um bando de doutrinadores marxistas ligados ao PT, daí travam uma luta quixotesca contra a doutrinação nas escolas.

Já me posicionei sobre esse ridículo assunto (Ler: Escola Sem Partido? Não!). O que pretendo aqui é mostrar que ensinar uma pessoa a ser crítica não é doutrina-la e sim faze-la pensar livremente.

Quando leciono para meus alunos, sempre busco contextualizar o assunto abordado, seja nas aulas de Filosofia para o Ensino Médio, seja nas aulas de História para o Ensino Fundamental. Assim, trago o ensino para o cotidiano dos alunos, fato importante para eles entenderem a importância do que estudam.

Depois os questiono sobre o que pensam a respeito de um tema específico e os deixo opinarem livremente. Isso torna a aula mais participativa e dinâmica. É então que assumo o meu papel pedagógico, pegando o que disseram e questionando-os em relação aos conceitos.

Quando alguém me diz que é a favor da família, não faço juízo, apenas questiono o que ele entende por família. Quando diz que família é formada por pai, mãe e filhos, questiono os casos em que ela é liderada por uma mãe solteira ou quando a criança é criada por outro parente ou mesmo por um conhecido. Discuto se a realidade deles próprios está de acordo com a ideia que pregam e os deixo pensarem por si só. O mesmo caso se estende a vários temas. Sempre busco evitar dar a minha opinião para justamente não influenciar no pensamento deles. Dessa forma, formulam seus próprios conceitos a partir da reflexão sobre a realidade e não no “achismo”. Uma dinâmica de construção e desconstrução do conhecimento bem ao estilo cartesiano.

Por fim, mostro a importância de não aceitarmos nada como verdade sem antes passarmos pelo exame crítico.

Muitas vezes já vi aqueles que expressam ideias próximas as minhas, assim, como aqueles que expressam ideias divergentes. Mas, nada disso importa, o que é válido é se foi formulado dentro de um desencadear lógico a partir da realidade.

Prof. Fábio José de Oliveira
@FiloProfessor

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