Quando seu filho não lhe obedecer, bata nele e, caso ele continue, bata mais forte. Se ele se machucar ou vier a morrer de tanto ser surrado, não se culpe, afinal, será apenas uma consequência dos atos dele. Afinal, cada um faz seu próprio destino!
Absurdo? Pois é! Mas, em
essência, fazer isso com um filho é o mesmo que muitos pregam que seja feito
contra criminosos quando dizem “bandido bom é bandido morto” ou penas comemoram
quando isso acontece, também quando defende que a polícia faça uma abordagem
violente em comunidades subjugadas por traficantes.
Em ambos os casos, uma medida
rígida não será a solução ideal. Pelo contrário, assim como um filho pode se
revoltar, também haverá revolta contra a truculência policial. Não apenas por
parte de criminosos, mas, também pela população sufocada que passará a apoiar o
inimigo do meu inimigo, aquele que não chega atirando a esmo.
A criminalidade em terra
tupiniquim é fruto do descaso com a educação, meio pelo qual uma pessoa
consegue uma boa formação e, consequentemente, um bom emprego que lhe renumero
de modo justo. É fruto da humilhação de se viver num lugar sem saneamento
básico, com uma polícia ineficiente na prevenção de crimes e na solução dos
mesmos, com hospitais e postos de saúde sem estrutura para tratar de uma pessoa
num momento em que ela está frágil. É fruto do transporte público caro,
desconfortável e superlotado.
Enquanto não focarmos em combater
a raiz dos problemas sociais que geram a criminalidade, nunca estaremos
realmente seguros, apenas mais violentos numa guerra contra todos.
Prof. Fábio José de Oliveira
@FiloProfessor
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