O Halloween, ou Dia das Bruxas como alguns preferem, é uma festa comemorativa celebrada todo ano no dia 31 de outubro, véspera do dia de Todos os Santos.
É uma festa que tem origem na Europa, mais especificamente no povo celta. Durante a Idade Média a Igreja buscou cristianizá-la, como fez com outras datas, criando o Dia de Finados (2 de novembro). Mas, como podemos perceber, essa empreitada não foi bem sucedida e ainda é comemorada em alguns países ocidentais.
Nos Estados Unidos, essa festa foi trazida por imigrantes irlandeses e se tornou típica lá. Todo ano crianças saem as ruas usando fantasias e pedem doces para as pessoas.
Influenciados por filmes, seriados e programas de TV que abordam o Halloween, algumas pessoas começaram a festejar por aqui também e hoje ele se tornou comum (não confundir com tradicional).
Pela falta de conteúdo histórico e cultural, o Halloween não passa de uma festa alegórica por aqui. Mesmo assim há aqueles que temem uma supressão da nossa cultura tupiniquim pela do Tio Sam. Alardeiam que aqui é terra de saci, mula sem cabeça e companhia.
Sou a favor de uma valorização da cultura brasileira, mas não temo o enlatado made in USA. Até pelo fato de que a cultura é dinâmica e, num planeta cada vez mais globalizado como o nosso, a "pureza cultural" soa como um remar contra a maré, um isolamento de novos valores e saberes.
Agora, eu considero muito engraçado ouvir ou ver postagens de gente defendendo o folclore brasileiro quando se aproxima o Halloween. Afinal, são pessoas que nem sabem quando se comemora o Dia do Folclore, pelo menos assim imagino em virtude de não ver menção de tamanha evidência no dia 22 de agosto (esta é a data caso não saibam). Em geral são pessoas que nunca leram Montero Lobato, grande erudito das nossas lendas, que não contam para seus filhos histórias que nos pertencem, preferindo deixar o entretenimento infantil a cargo de Peppa Pig, Turma do Dock, Bob Esponja e outros.
Creio que se realmente desejamos valorizar nossa cultura folclórica, devemos enraizá-las em nós, vivenciar suas histórias maravilhosas e não apenas exercermos uma militância on line no dia que pertence a outro.
Prof. Fábio José