O ano letivo tem início e o ânimo
dos alunos é revigorante para o educador. Este ser que passou os dias que
antecederam o início da sua jornada quixotesca pela educação a lamentar, não o
fim de suas férias, mas o início de tormentas, humilhações, desprezo e um trabalho
de Sísifo de jogar pérolas aos porcos.
Parece
que tudo é surpresa para eles, até mesmo o velho professor que ali está, diante
deles, a iniciar a mesma conversa de anos anteriores sobre regras e
compromissos. Ficam em silêncio respeitoso. Ouvem atentos cada palavra. A
esperança é de que assim sejam para os dias vindouros.
Não sei
se o árduo trabalho me fez um pessimista ou se minha racionalidade me puxa para
a triste realidade, só sei que com o tempo vem o cansaço, que traz o desanimo,
a sensação de inutilidade de ser um semeador na praia.
O que
me faz lutar ainda é que um dia eu tive um sonho de um sonhador, de que eu
seria um professor, um encantador de pessoas, um demiurgo que as conduziria
para uma construção do seu ser no que há de mais belo na nossa espécie, o
humano!
Assim
como um padeiro deseja assar pães cujo o cheiro encanta as pessoas ou o poeta
quer compor versos que inspirem gerações; um professo tem o desejo de ver
aflorar em seus alunos o melhor de si e é este desejo que traz força para a
luta diária.
Prof. Fábio José;
Filó!
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