domingo, 13 de outubro de 2019

Roma Antiga



Períodos históricos
·         A História de Roma é dividida em três partes:
o   Monarquia.
o   República.
o   Império.

Mito da fundação de Roma
  • Após a destruição de Tróia pelos gregos, em 1400 a.C., o herói Eneias, filho de Heitor, fugiu com sua mãe graças à proteção dos deuses Júpiter e Vênus.
  •  Eneias foi para a região da Península Itálica e ali fundou a cidade de Lavínio.
  • Tempos depois, Ascânio, filho de Eneias, realizou a fundação do reino de Alba Longa, cidade às margens do rio Tibre.
  • Sobre o reinado de Numitor, Amúlio, o irmão do rei, o destronou e obrigou sua sobrinha, Rea Silvia, a virar uma Virgem Vestal, título dado às sacerdotisas dedicadas à deusa Vesta e, assim, proibida pela religião, de ter relações sexuais, o que a impediria de ter um herdeiro.
  • Reia Silvia acabou grávida de Marte[1] (Ares), deus da guerra, e em 771 a.C. nasceram os gêmeos Rômulo e Remo.
  • Ao saber deste nascimento, Amúlio mandou jogar as crianças no rio Tibre.
  • O cesto onde estavam os garotos encalhou próximo onde hoje é a cidade de Roma, entre os montes Palatino e Aventino. Encontrados por uma loba chamada Capitolina, que os amamentou, os garotos milagrosamente escaparam da morte certa. Mais tarde, um pastor encontrou os dois bebês e acabou cuidando deles até a idade adulta.
  • Crescidos, os irmãos souberam da sua história e buscaram vingança contra o tio.
  • Amúlio foi morto, Rea Silvia libertada e Numitor retornou como rei.
  • Depois os irmãos fundaram Roma na região onde foram encontrados e criados, mas algumas divergências foram resolvidas só quando Rômulo matou Remo[2].
  • Com um fratricídio nas costas, Rômulo foi o primeiro rei de Roma.

Explicação para o mito de fundação de Roma
  • Tito Lívio (59 a.C. 0 19 d.C.) relatou que Amúlio deu um golpe de Estado contra o irmão Numitor e obrigou sua sobrinha Rea Silvia a se tornar uma Virgem Vestal. Esta, após ser vítima de violência sexual, engravidou de gêmeos.
  • Os irmãos foram colocados num cesto e abandonados no rio Tibre, onde foram salvos por Capitolina, uma prostituta que tinha o apelido de Loba.
  • Romulo e Remo crescem e se vingam do tio, instituindo o avó como rei e libertando a mãe.
  • Fundam uma cidade, mas, devido a desavenças, a separam por um muro. Numa discussão, Romulo mata Remo e une as duas partes, fundando Roma.

Fundação histórica de Roma
  • Não há consenso sobre a data de fundação de Roma.
  • Italiotas (latinos, volcos, équos, úmbrios, sabinos, samnitas etc.), povos de origem Indo-europeu[3], migraram para a península itálica em meados do segundo milênio a. C..
  • Esses povos se espalharam pela península e se caracterizavam pela economia pastoreia.
  • Gregos povoavam o Sul da península desde a Segunda Diáspora Grega[4].
  • Etruscos[5] povoavam o Norte da península.
  • Tribos italiotas se unem e fundam a cidade Roma, cuja a localização geográfica lhe beneficiava como rota terrestre e marítima, além de ser próxima a minas de sal, produto valioso na época.
  • Roma se torna um entreposto comercial entre etruscos e gregos.

PERÍODOS DA HISTÓRIA DE ROMA



1º - Período Monarquia
  • Economia baseada na agricultura e a pecuária.
  • Comércio era atividade secundária.
  • Sete reis no período: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio, o Antigo, Sérvio Túlio e Tarquínio, o Soberbo. Sendo os quatro primeiros italiotas e os três últimos etruscos.
  • Sociedade:


  • Organização Política:
    • Controle dos patrícios.
    • Rei era a autoridade suprema. Chefe militar e religioso e juiz. Era fiscalizado pela Assembleia Curial e o Senado.
    • Senado, conselho formado por velhos cidadãos, responsáveis pela chefia das grandes famílias (gens).  As principais funções eram propor novas leis e fiscalizar a ação do rei. Formado nos primeiros tempos, por trezentos velhos chefes de famílias patrícias escolhidos pelo rei.
    • Assembleia Curial formada de cidadãos que estavam agrupados em cúrias (conjunto de dez clãs ou gens). Seus membros eram soldados em condições de servir o exército. Tinha como principais funções eleger altos funcionários, aprovar ou rejeitar leis, aclamar o rei etc.

Influência etrusca
  • Etruscos conquistam Roma.
  • Centralização do poder nas mãos do rei etrusco.
  • Senado formado pelos aristocratas romanos, os patrícios.
  • Grandes obras arquitetônicas[6].
  • Influencia grega devido ao comércio.

Fim da Monarquia
  • Tarquínio, o Soberbo, assume após um golpe de Estado contra o sogro.
  • Não cumpre determinações do Senado.
  • Assassina diversos senadores que lhe fizeram oposição.
  • O filho de Tarquínio estupra Lucrécia, esposa de um importante patrício. Ela mata após revelar o ocorrido.
  •  Júnio Bruto, com apoio de patrícios e plebeus, depõem Tarquínio.
  • Expulsão dos etruscos de Roma e fundação da República.

2º Período República
  • República - “Res Pvblica”, “coisa pública”.
  • Sociedade continua dividida em patrícios, plebeus, clientes e escravos.

  • Estrutura política:
    • Consulado – dois cônsules que eram os líderes da República e tinham mandato de um ano[7]. Comandavam o exército e eram responsáveis por atribuições religiosas e jurídicas.
    • Senado - composto por trezentos patrícios. Eram eleitos pelos magistrados e seus membros eram vitalícios. Elaboravam leis e decidiam a política romana interna e externa.
    • Magistratura - responsável principalmente pelas funções judiciárias, executivas e pela eleição dos senadores; era formada por patrícios. Eram divididos em: pretores, que cuidavam de aplicar as leis e podiam até substituir os cônsules em caso de extrema necessidade; questores que cuidavam diretamente das finanças; censores que cuidavam da “classificação” da população de acordo com sua renda, entre outras funções administrativas; edis que cuidavam da conservação da cidade.
    • Assembleia Popular - composta por patrícios e plebeus, responsável pela votação das leis e também responsável pela eleição dos cônsules.
    • Assembleia Curiata - cuidava dos assuntos religiosos e durante a Monarquia teve mais poderes. Na República, manteve apenas funções honoríficas, sem muita influência nos rumos políticos de Roma.
    • Conselho da Plebe - composto somente pelos plebeus, elegia os tribunos da plebe e era responsável pelas decisões em plebiscitos, que acabavam formando os decretos do povo.

  • Política de expansão territorial em busca de terras férteis devido ao aumento demográfico.
  • Exército passa de defesa para ataque e conquista.
  • Fortalecimento do exército (legiões) e dos generais devido as conquistas.
  • Economia baseada no comércio.
  • Conquista dos territórios gregos, com os quais aprendem as técnicas de navegação.
  • Atrito com Cartago[8], potência marítima que domina o Mediterrâneo.

  • Guerras Púnicas[9]:
    • Rivalidade entre Roma e Cartago, pela hegemonia econômica, política e militar na Sicília e depois em todo o Mediterrâneo ocidental, importante meio de transporte de mercadorias naquela época.
    • 1ª Guerra Púnica - guerra naval que se desenrolou de 264 a.C. até 241 a.C.. Iniciou-se com a intervenção romana em Messina, colônia de Cartago situada na Sicília. O conflito trouxe uma novidade para os romanos: o combate no mar. Com hábeis marinheiros, Cartago era a principal potência marítima do período. Os romanos só conquistaram a vitória após copiar os barcos dos fenícios, com a ajuda dos gregos, e com a inovação de pontes colocas sobre os barcos inimigos, poderiam entrar em combate corpo a corpo, que era sua especialidade. Roma conquistou a Sicília, Córsega e a Sardenha.

    • 2ª Guerra Púnica – de 218 a.C. até 201 a.C.. Desenvolveu-se quase toda em território romano. Liderados por Aníbal Barca, os cartagineses conquistaram várias vitórias. Aníbal atravessou os Alpes ao Norte de Roma e atacou diretamente a cidade. O quadro só se reverteu com a decisão romana de atacar Cartago em vez de proteger a cidade. Aníbal viu-se então obrigado a recuar para defender sua cidade e acabou derrotado na Batalha de Zama. Roma assumiu o controle da Península Ibérica e impôs severas exigências contra Cartago.

    • 3ª Guerra Púnica - de 149 a.C. a 146 a.C.. Após exigências abusivas de Roma, como a entrega de 300 jovens cartaginenses e a transferência da capital para o interior da África, Cartago reorganiza o exército e declara que não se submeterá aos mandos dos romanos. Sob a liderança de Cipião Emiliano Africano, Roma atacou e destruiu completamente a cidade de Cartago, escravizando os sobreviventes. Com isso completou-se o ciclo de batalhas que deu grande parte do mar Mediterrâneo aos romanos.

  • Consequências das Guerras Púnicas:
    • Fim do domínio cartaginês no Mar Mediterrâneo.
    • Domínio de Roma no Mar Mediterrâneo, assim como o controle sobre o comércio marítimo na região.
    • Aumento do poder político e econômico de Roma na Europa e norte da África.
    • Impulso para novas conquistas territoriais romanas e formação do que seria o Império Romano.

  • Conflitos internos: Patrícios x Plebeus
    • Causas:
      • Os patrícios convocavam os plebeus para serem soldados de seus exércitos nas constantes guerras de conquistas.
      • Impostos cobrados dos plebeus aumentavam, garantindo a riqueza dos patrícios.
      • Aumento do endividamento de muitos plebeus, o que acarretava a mudança de situação social, passando a serem escravos de seus credores.
    • Consequências:
      • Conscientes de sua importância militar e buscando superar a exclusão política e a exploração econômica, os plebeus resolveram se rebelar.
      • 494 a.C., plebeus retiraram-se para o monte Aventino, recusando-se a defender a cidade e ameaçam criar uma nova cidade enquanto não fossem cedidos a eles direitos políticos. Patrícios resolveram ceder à pressão e criaram o Concilium Plebis, o Tribunato da Plebe[10].
      • Em 450 a.C., após novas revoltas, os patrícios decidiram instituir a Lei das Doze Tábuas, o primeiro código de leis escritas em Roma e foi redigido por dez juristas, conhecidos como decênviros, ela visava transformar as antigas leis orais em leis escritas para dificultar que os patrícios as interpretassem de acordo com suas conveniências.
      • Lei Canuléia (445a.C) permissão de casamento entre Patrícios e Plebeus (na maioria das vezes ricos).
      • Eleição dos magistrados plebeus (367-366a.C) os plebeus foram conseguindo, lentamente , ter acesso ás mais diversas magistraturas romanas em 366 a.C., foi eleito o primeiro consul plebeu, cargo mais elevado na magistratura.
      • Lei que proibia a escravidão por dívida ( por volta de 366a.C.) muitos plebeus foram feitos de escravos por patrícios. A lei proibia esse tipo de escravidão. A escravidão foi abolida definitivamente em 326 a.C..
  • População escrava crescente devido as conquistas.
  • Revoltas de escravos e províncias conquistadas.
  • Ditador: cargo que dava ao seu titular poderes máximos por seis meses. Era usado diante de grandes revoltas.
  • Tibério e Caio Graco:
    • Tibério Graco – eleito Tribuno da Plebe e Consul, tentou introduzir um amplo programa de Reforma Agrária a partir das terras conquistadas e que pertenciam a Roma, mas que ficavam sob a guarda de patrícios. Seu objetivo era diminuir a pobreza dos cidadãos, principalmente dos legionários (soldados), que pouco lucravam com as conquistas e corriam o perigo de terem suas terras confiscadas por dívidas já que não trabalhavam nelas quando estavam de serviço. Foi morto após fechar o Senado para consolidar seus planos.
    • Caio Graco – irmão de Tibério, tentou anos depois colocar em prática a Reforma Agrária, além de subsidiar a compra de grãos aos mais pobres. Acuado pelo Senado, se matou para não dar aos inimigos e prazer de seu assassinato.

  • Revolta de Espartaco
    • Maior revolta de escravos da história da Roma antiga.
    • Foi liderada pelo ex-gladiador Espártaco.
    • Começou pequena, mas acabou formando um exército de 120 mil homens[11],
    • Resultou em um dos maiores derramamentos de sangue da história da humanidade.
    • General Licinio Crasso, o homem mais rico de Roma, buscava prestígio militar, e tenta conter a revolta após várias derrotas.
    • General Cneu Pompeu Magno, após vitoriosa campanha contra revoltosos na Hispânia é chamado para auxiliar Crasso.
    • Roma sufoca violentamente a rebelião, com Crasso crucificando os revoltosos.
    • O Senado considera Pompeu o responsável pela vitória, mesmo ele não tendo lutado contra as forças de Espartaco.
  • Revoltas de escravos e províncias, miséria da população mais pobre, descontentamento dos legionários por péssimas condições, fez o senado decretar poderes ditatoriais a generais, o que na prática enfraqueceu a própria instituição ao demostrar que não era capaz de conter as crises.
  • Pompeu e Crasso se unem e se tornam cônsules.
  • Júlio Cesar, general que conquistou a região da Gália, ganha prestigio pelas suas vitórias e generosidade na partilha dos espólios, além de promover benfeitorias aos plebeus.
  • Júlio Cesar, Crasso e Pompeu se unem e criam o Triunvirato.

PRIMEIRO TRIUNVIRATO

Agravante da crise política
  • Fase final da república.
  • Expansão romana trouxe conflitos sociais: patrícios com latifúndio ao mesmo tempo que soldados empobreciam após as campanhas militares e plebeus desempregados pelo grande número de escravos.
  • Diante da incapacidade de resolver os problemas sociais, uma vez que exigia restringir seus privilégios, os patrícios perdiam prestígio.
  • Generais ganhavam prestígio devido as conquistas.
  • Generais se tornam líderes políticos e passam a ambicionar e a ocupar cargos no governo.
  • O plebeu Mário se destaca como militar e se torna general.
  • Contratação de mercenários para ingressarem o exército.
  • Distribuição de parte das terras conquistadas aos soldados, além de espólio e salário ao fim do serviço militar.
  • Levantes e ataques de outros povos.
  • Mário é eleito Consul e reeleito por seis vezes consecutivas, mesmo a lei exigindo um período de dez anos.
  • Sila, patrício empobrecido, se destacou no exercício militar ao conter rebeliões.
  • Com apoio dos patrícios, Sila tenta derrubar o governo de Mário, que se refugia na África e faz acordos, dando cargos para os aliados de Sila.
  • Mario é reeleito Consul enquanto Sila lidera o exército contra províncias rebeldes.
  • Mario morre e, diante da crise política, Sila é eleito ditador.
  • Sila amplia a cadeiras do Senado e põe fim aos cargos de tribuno da Plebe.
  • A morte de Sila devolveu ao Senado o poder político máximo de Roma.
  • O Senado estava diante de uma nova realidade, exército fortalecido junto com a plebe urbana.

Contexto
  • Senado enfraquecido após a morte do ditador Sila, pois demonstrava incapaz de resolver os problemas sociais, enquanto o exército estava fortalecido.
  • Crasso[1] e Pompeu[2] são eleitos cônsules.
  • Para firmarem o poder, os cônsules restituem o cargo de Tribuno da Plebe e os plebiscitos ganham força de lei.
  • O general Júlio César ganha importante destaque político por conquistar territórios na rica região da Gália[3].
  • Júlio César é eleito cônsul com amplo apoio popular devido as suas conquistas.
  • Crasso, Pompeu e Júlio César se unem para governar Roma.
  • As províncias são divididas entre os três.
Fim
  • Grasso morre numa fracassada campanha na Germânia, o episódio dá início a disputas pelo poder.
  • O Senado apoia Pompeu e lhe declara líder único.
  • Júlio César é intimado pelo Senado a dispensar o seu exército após ele conquistar a Gália e a jurar lealdade ao novo líder.
  • Júlio César se rebela e invade a península itálica com seu exército.
  • Pompeu e os senadores fogem, mas são perseguidos por Júlio César.
  • Com a oposição eliminada, Júlio César ocupa o cargo de Ditador.

JÚLIO CÉSAR

Ditadura
  • Centralização do poder nas mãos de Júlio César.
  • Criação do Calendário Juliano que deixava de seguir as fases lunares e seguia a solar.
  • Censo para redistribuir os cereais de modo mais justo e econômico.
  • Proibiu gastos com luxo no governo.
  • Favoreceu famílias numerosas por repovoarem a península itálica.
  • Reduziu a dívida da população em ¼.
  • Empregou vários cidadãos nas construções de obras públicas.
  • Tornou cidadão todo morador das províncias romanas.
  • Reorganizou a cobrança de impostos a fim de evitar corrupção.
  • Tentou implantar reforma agrária para os veteranos.
  • Colocou vários simpatizantes no Senado.
  • Unificou em si vários títulos de honraria e poder.
  • Promoveu cultos e festas para sua pessoa.
  • Os senadores Brutus[4] e Cássio conspiram contra Júlio César,
  • Foi morto por um complô de senadores que temiam seu poder crescente.

Consequências
·         Carismático entre a classe baixa e média, a morte de Júlio César desperta revolta entre a população por ter sido causada por um pequeno número de aristocratas.
·         Marco Antônio, amigo e segundo em comando do exército de César, tenta capitanear a fúria do povo para se tornar líder máximo.
·         Otávio[5], sobrinho neto de Júlio César, herda propriedades e títulos do tio, coibindo a ambição de Marco Antônio.
·         Brutus e Cássio fogem para a Grécia com a intenção de formarem um exército a fim de conquistar o poder em Roma.

SEGUNDO TRIUNVIRATO

  • Marco Antônio, Otávio e Lépito[6] se unem contra os conspiradores da morte de César.
  • Várias mortes políticas até vencerem a guerra contra os conspiradores.
  • O Segundo Triunvirato governa Roma.
  • Lépido é afastado do poder por Otávio.
  • Marco Antônio se alia a Cleópatra, rainha do Egito, contra Otávio.
  • Marco Antônio perde a guerra, Cleópatra se mata, o Egito é anexado a Roma e Otávio governa sozinho.

IMPÉRIO ROMANO
  • Otávio devolve o poder ao Senado e transfere aos governadores das províncias o poder militar.
  • Reforça as instituições republicanas e busca influenciar os senadores em vez de exercer poder despótico.
·         Otávio é aclamado Augusto[7] pelo Senado e depois Imperador[8].
·         Assume o nome do tio e passa a ser chamado de César[9] Otávio Augusto.
·         Pax Romana[10]: aculturação das províncias[11]; uso da força para manter a paz; distribuição de cargos públicos em troca de apoio das famílias influentes; benefícios a população mais pobre.
  • Política do Pão e circo[12] (panem et circenses): promoção de vários eventos para entreter e distrair o povo dos problemas mais sérios na fundação da sociedade romana.
·         Após Otávio Augusto, os imperadores que o sucederam buscaram manter o poder com apoio popular.
·         A expansão do império por meio de conquistas exigia um forte contingente militar, o que ocasionava gastos excessivos.
  • Com as contas em desequilíbrio devido aos gastos militares e a sustentação do corpo burocrático, a moeda desvalorizou e os preços subiram.
  • Fim das guerras de conquistas e acordo com os povos fronteiriços para protegerem o império de invasores, diminuíram a demanda de escravos, o que diminuiu a produção.
  • Aumento de impostos para contornar a crise ampliou a pobreza da população.
  • Colonato: forçava os plebeus pobres a migrarem para o campo em troca de proteção, um lote de terra e parte da colheita.
  •  Ruralização: o colonato provocou êxodo rural, crise no comércio devido a escassez de mão de obra e ampliou a crise financeira.
  • Disputas pelo poder entre chefes militares e senadores enfraqueciam a administração[13].
  • Imperador Diocleciano divide o Império em quatro regiões[14] para uma melhor administração.
  • Perseguição aos cristãos[15] por Diocleciano que os acusavam de provocar os males do império por não venerarem o imperador.
  • Após a morte de Diocleciano, Constantino, com apoio dos cristãos assume o poder e unifica novamente a administração do império.
  • Édito de Milão: declaração de que o império seria neutro em relação a religião, o que colocou fim as perseguições aos cristãos.
  • Constantino, após consolidar seu poder, se torna cristão[16], o que incentiva vários influentes cidadãos a conversão.
  • Divisão do Império em: Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente.
  • Constantinopla: a antiga cidade grega de Bizâncio foi escolhida e reformada por Constantino para ser sede da parte oriental do império e passou a se chamar Nova Roma. Após a morte do imperador, foi chamada de Constantinopla.
  • Ravena se torna capital da parte Ocidental e depois passa a ser Milão.
  • Imperador Teodósio torna o cristianismo a religião oficial de Roma.
  • Cristianização do exército: com vários soldados e centuriões se tornando cristão, houve muitas baixas.
  • Barbarização do exército: povos germânicos são incorporados ao exército.
  • Visigodos (povo germânico) invadem o império e saqueiam Roma para cobrar dívida de defesa das fronteiras.
  • Vândalos (povo germânico) realizam a segunda invasão e saqueiam violentamente Roma.
  • Hérulos (germânicos), sob o comando de Odoacro, invadem Roma e depõe o imperador Romulo Augusto.
  • Odoacro se proclama rei da Itália e manda ao imperador oriental as insígnias do imperador ocidental.
  • Fim do Império Romano do Ocidente. 



[1] Banqueiro e homem mais rico de Roma, se destacou no combate a Espartaco, embora quem tenha levado o mérito tenha sido Pompeu.
[2] General oriundo de uma rica família provincial.
[3] Atual França.
[4] Líder político conservador, militar e aristocrata de umas das famílias mais antigas de Roma, apoiou Pompeu contra César, mas foi perdoado.
[5] Ou Otaviano.
[6] Ex-consul, o general era homem de confiança de César.
[7] Status de um deus que deveria ser venerado.
[8] Líder máximo do exército.
[9] O nome de César passa a ser o título de imperador romano.
[10] Período de paz e prosperidade que existiu no Império Romano de 27 a.C até o ano 180 d.C e foi importante na manutenção do poder romano sobre as regiões que havia conquistado.
[11] Roma leva sua cultura e modo de vida aos povos conquistados,
[12] As autoridades acalmavam o povo com a a construção de enormes arenas, nas quais realizavam-se sangrentos espetáculos envolvendo gladiadores, animais ferozes, acrobacias, bandas, espetáculos com palhaços, artistas de teatro. A mais famosa foi o Coliseu. Construíram também velódromos para corridas de bigas, quadrigas e de cavalo. Outro costume dos imperadores era a distribuição de cereais mensalmente no Pórtico de Minucius. Basicamente, estes "presentes" ao povo romano garantia que a plebe não morresse de fome e tampouco de aborrecimento.
[13] Roma teve num período de cinquenta anos dezoito imperadores, mortos por conspirações e disputas políticas.
[14] Tetrarquia, foi como ficou conhecido o governo onde Roma tinha quatro líderes.
[15] A primeira perseguição ocorreu quando os cristãs foram acusados de provocar um incêndio em Roma na época do Imperador Nero. Sob Diocleciano, ela retomou e se tornou uma forma de “diversão” para a sociedade.
[16] A conversão de Constantino consolidou a união do imperador com os cristãos, grupo crescente em Roma, principalmente entre os mais pobres. 




[1] Em algumas versões, foi Júpiter *Zeus, quem desposou a princesa).
[2] Rômulo queria chamar a cidade de “Roma” e fundá-la no monte Palatino, enquanto Remo desejava nomeá-la “Remora” e fundá-la no monte Aventino. Outra versão é que Remo tomou para si o monte Aventino depois de observar seis abutres sobrevoando o seu monte. Logo depois, Rômulo foi indicado como o abençoado dos deuses ao ter observado doze aves próximas ao monte Palatino. Depois que recebeu a distinta bênção das divindades, Rômulo cavou um sulco que separava seus domínios do seu irmão. Enciumado por aquela situação, Remo desconsiderou o marco criado pelo seu irmão e atravessou o território. Furioso com o comportamento desrespeitoso de Remo, Rômulo matou o irmão e enterrou o seu corpo nas terras do monte Aventino.
[3] De acordo com a definição de indo-europeu encontrada no Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, “diz-se de ou indivíduo dos indo-europeus, povos originários das estepes da Ásia central ou dos planaltos iranianos (também chamados arianos) que, a partir do final do Neolítico, se expandiram para a Europa, Pérsia e península da Índia” ou “diz-se de ou tronco (chamado também por alguns de família) de línguas aparentadas, faladas em parte da Ásia e em grande parte da Europa”.
[4] ocorreu pela necessidade da busca por novas terras de cultivo. Os povos que viviam à margem da sociedade, submetidos à concentração da terra na mão de poucos, precisavam encontrar solos que fossem férteis para o cultivo para sua subsistência e expandiram-se em direção à Península Itálica e ao Mar Negro.
[5] Povos que viveram na região da Península Itálica. O período exato em que houve a ocupação não se sabe, mas acreditam que ela ocorreu por volta dos anos de 1200 a 700 a.C. A região cuja qual eles habitavam equivale o que é hoje a Toscana, com partes no Lácio e Umbria, na Itália. Foram muito influenciados pelos gregos, povo com o qual estabeleceram relações comerciais.
[6] O rei etrusco Lúcio Tarquínio Prisco ordenou a construção de um fórum pavimentado, de um estádio público (Circo Máximo) e de um magnífico sistema de esgotos, a Cloaca Máxima, considerada uma das maiores obras urbanísticas da Antiguidade. Também foi obra dos etruscos a construção das muralhas da colina. Os etruscos utilizaram em suas obras novos elementos, como o arco e a abóbada. Eles planejavam o território em torno de duas avenidas perpendiculares, uma que ia de norte a sul e outra que ia de leste a oeste, sistema que foi incorporado nas fundações romanas futuras.
[7] O mandato de um ano e a liderança dividida vem de encontro justamente com o medo que os romanos tinham de delegar poderes a apenas uma pessoa por um tempo muito longo, como era na Monarquia.
[8] Originariamente uma colônia fenícia no Norte da África, situada a leste do lago de Túnis, perto do centro de Túnis, na Tunísia, se tornou independente quando sua metrópole foi conquistada pelos persas. Com o tempo, Cartago se tornou uma potência marítima comercial, formando um império.
[9] Ganharam este nome, pois os romanos chamavam os cartagineses de púnicos (punici).
[10] Formado por dois magistrados (tribunos) representantes dos plebeus, que tinham o poder de vetar ou de se opor às decisões dos cônsules e do Senado que poderiam prejudicar a plebe. Caso uma decisão fosse vetada, não poderia mais ser colocada em prática. Em 471 a.C., o número de magistrados plebeus aumentou para dez. Sua função consistia também em receber as reclamações dos plebeus que se sentissem injustiçados, o que fazia com que suas casas ficassem abertas aos que os procuravam.
[11] Alguns historiadores dizem 70 mil e outros dizem 100 mil, mas o número mais citado é 120 mil

Um comentário:

Anônimo disse...

Professor, me ajudou muito para estudar pra prova. Obrigada, Pietra