Períodos históricos
·
A
História de Roma é dividida em três partes:
o Monarquia.
o República.
o Império.
Mito da fundação de Roma
- Após a destruição de Tróia pelos
gregos, em 1400 a.C., o herói Eneias, filho de Heitor, fugiu com sua mãe graças
à proteção dos deuses Júpiter e Vênus.
- Eneias foi para a região da Península
Itálica e ali fundou a cidade de Lavínio.
- Tempos
depois, Ascânio, filho de Eneias, realizou a fundação do reino de Alba
Longa, cidade às margens do rio Tibre.
- Sobre o reinado de Numitor, Amúlio,
o irmão do rei, o destronou e obrigou sua sobrinha, Rea Silvia, a virar
uma Virgem Vestal, título dado às sacerdotisas dedicadas à deusa Vesta e,
assim, proibida pela religião, de ter relações sexuais, o que a impediria
de ter um herdeiro.
- Reia Silvia acabou grávida de
Marte[1]
(Ares), deus da guerra, e em 771 a.C. nasceram os gêmeos Rômulo e Remo.
- Ao saber deste nascimento, Amúlio
mandou jogar as crianças no rio Tibre.
- O cesto onde estavam os garotos
encalhou próximo onde hoje é a cidade de Roma, entre os montes Palatino e
Aventino. Encontrados por uma loba chamada Capitolina, que os amamentou,
os garotos milagrosamente escaparam da morte certa. Mais tarde, um pastor
encontrou os dois bebês e acabou cuidando deles até a idade adulta.
- Crescidos, os irmãos souberam da
sua história e buscaram vingança contra o tio.
- Amúlio foi morto, Rea Silvia
libertada e Numitor retornou como rei.
- Depois os irmãos fundaram Roma na
região onde foram encontrados e criados, mas algumas divergências foram
resolvidas só quando Rômulo matou Remo[2].
- Com um fratricídio nas costas,
Rômulo foi o primeiro rei de Roma.
Explicação para o mito
de fundação de Roma
- Tito
Lívio (59 a.C. 0 19 d.C.) relatou que Amúlio deu um golpe de Estado contra
o irmão Numitor e obrigou sua sobrinha Rea Silvia a se tornar uma Virgem
Vestal. Esta, após ser vítima de violência sexual, engravidou de gêmeos.
- Os irmãos foram colocados num
cesto e abandonados no rio Tibre, onde foram salvos por Capitolina, uma
prostituta que tinha o apelido de Loba.
- Romulo e Remo crescem e se vingam
do tio, instituindo o avó como rei e libertando a mãe.
- Fundam uma cidade, mas, devido a
desavenças, a separam por um muro. Numa discussão, Romulo mata Remo e une
as duas partes, fundando Roma.
Fundação histórica de
Roma
- Não há consenso sobre a data de
fundação de Roma.
- Italiotas (latinos, volcos,
équos, úmbrios, sabinos, samnitas etc.), povos de origem Indo-europeu[3],
migraram para a península itálica em meados do segundo milênio a. C..
- Esses povos se espalharam pela
península e se caracterizavam pela economia pastoreia.
- Gregos povoavam o Sul da
península desde a Segunda Diáspora Grega[4].
- Etruscos[5]
povoavam o Norte da península.
- Tribos italiotas se unem e fundam
a cidade Roma, cuja a localização geográfica lhe beneficiava como rota
terrestre e marítima, além de ser próxima a minas de sal, produto valioso
na época.
- Roma se torna um entreposto
comercial entre etruscos e gregos.
PERÍODOS DA HISTÓRIA DE
ROMA
1º - Período Monarquia
- Economia baseada na agricultura e
a pecuária.
- Comércio era atividade
secundária.
- Sete reis no período: Rômulo,
Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio, o Antigo, Sérvio
Túlio e Tarquínio, o Soberbo. Sendo os quatro primeiros italiotas e os
três últimos etruscos.
- Sociedade:
- Organização
Política:
- Controle dos patrícios.
- Rei era a autoridade suprema. Chefe
militar e religioso e juiz. Era fiscalizado pela Assembleia Curial e o
Senado.
- Senado, conselho formado por velhos
cidadãos, responsáveis pela chefia das grandes famílias (gens). As principais funções eram propor novas
leis e fiscalizar a ação do rei. Formado nos primeiros tempos, por
trezentos velhos chefes de famílias patrícias escolhidos pelo rei.
- Assembleia
Curial formada de
cidadãos que estavam agrupados em cúrias (conjunto de dez clãs ou gens).
Seus membros eram soldados em condições de servir o exército. Tinha como
principais funções eleger altos funcionários, aprovar ou rejeitar leis,
aclamar o rei etc.
Influência etrusca
- Etruscos conquistam Roma.
- Centralização do poder nas mãos
do rei etrusco.
- Senado formado pelos aristocratas
romanos, os patrícios.
- Grandes obras arquitetônicas[6].
- Influencia grega devido ao
comércio.
Fim da Monarquia
- Tarquínio, o Soberbo, assume após
um golpe de Estado contra o sogro.
- Não cumpre determinações do
Senado.
- Assassina diversos senadores que
lhe fizeram oposição.
- O filho de Tarquínio estupra
Lucrécia, esposa de um importante patrício. Ela mata após revelar o ocorrido.
- Júnio Bruto, com apoio de patrícios e
plebeus, depõem Tarquínio.
- Expulsão dos etruscos de Roma e
fundação da República.
2º Período República
- República - “Res Pvblica”, “coisa pública”.
- Sociedade continua dividida em
patrícios, plebeus, clientes e escravos.
- Estrutura
política:
- Consulado
– dois cônsules
que eram os líderes da República e tinham mandato de um ano[7]. Comandavam o
exército e eram responsáveis por atribuições religiosas e jurídicas.
- Senado
- composto por
trezentos patrícios. Eram eleitos pelos magistrados e seus membros eram
vitalícios. Elaboravam leis e decidiam a política romana interna e
externa.
- Magistratura
- responsável
principalmente pelas funções judiciárias, executivas e pela eleição dos
senadores; era formada por patrícios. Eram divididos em: pretores, que cuidavam de aplicar
as leis e podiam até substituir os cônsules em caso de extrema
necessidade; questores que cuidavam
diretamente das finanças; censores
que cuidavam da “classificação” da população de acordo com sua renda, entre
outras funções administrativas; edis
que cuidavam da conservação da cidade.
- Assembleia
Popular -
composta por patrícios e plebeus, responsável pela votação das leis e
também responsável pela eleição dos cônsules.
- Assembleia
Curiata -
cuidava dos assuntos religiosos e durante a Monarquia teve mais poderes.
Na República, manteve apenas funções honoríficas, sem muita influência
nos rumos políticos de Roma.
- Conselho
da Plebe -
composto somente pelos plebeus, elegia os tribunos da plebe e era responsável pelas decisões em
plebiscitos, que acabavam formando os decretos do povo.
- Política de expansão territorial
em busca de terras férteis devido ao aumento demográfico.
- Exército passa de defesa para
ataque e conquista.
- Fortalecimento do exército
(legiões) e dos generais devido as conquistas.
- Economia baseada no comércio.
- Conquista dos territórios gregos,
com os quais aprendem as técnicas de navegação.
- Atrito com Cartago[8],
potência marítima que domina o Mediterrâneo.
- Guerras
Púnicas[9]:
- Rivalidade entre Roma e Cartago,
pela hegemonia econômica, política e militar na Sicília e depois em todo
o Mediterrâneo ocidental, importante meio de transporte de mercadorias
naquela época.
- 1ª
Guerra Púnica -
guerra naval que se desenrolou de 264 a.C. até 241 a.C.. Iniciou-se com a
intervenção romana em Messina, colônia de Cartago situada na Sicília. O
conflito trouxe uma novidade para os romanos: o combate no mar. Com
hábeis marinheiros, Cartago era a principal potência marítima do período.
Os romanos só conquistaram a vitória após copiar os barcos dos fenícios,
com a ajuda dos gregos, e com a inovação de pontes colocas sobre os
barcos inimigos, poderiam entrar em combate corpo a corpo, que era sua
especialidade. Roma conquistou a Sicília, Córsega e a Sardenha.
- 2ª
Guerra Púnica –
de 218 a.C. até 201 a.C.. Desenvolveu-se quase toda em território romano.
Liderados por Aníbal Barca, os cartagineses conquistaram várias vitórias.
Aníbal atravessou os Alpes ao Norte de Roma e atacou diretamente a
cidade. O quadro só se reverteu com a decisão romana de atacar Cartago em
vez de proteger a cidade. Aníbal viu-se então obrigado a recuar para
defender sua cidade e acabou derrotado na Batalha de Zama. Roma assumiu o
controle da Península Ibérica e impôs severas exigências contra Cartago.
- 3ª
Guerra Púnica -
de 149 a.C. a 146 a.C.. Após exigências abusivas de Roma, como a entrega
de 300 jovens cartaginenses e a transferência da capital para o interior
da África, Cartago reorganiza o exército e declara que não se submeterá
aos mandos dos romanos. Sob a liderança de Cipião Emiliano Africano, Roma
atacou e destruiu completamente a cidade de Cartago, escravizando os
sobreviventes. Com isso completou-se o ciclo de batalhas que deu grande
parte do mar Mediterrâneo aos romanos.
- Consequências
das Guerras Púnicas:
- Fim do domínio cartaginês no Mar
Mediterrâneo.
- Domínio de Roma no Mar
Mediterrâneo, assim como o controle sobre o comércio marítimo na região.
- Aumento do poder político e
econômico de Roma na Europa e norte da África.
- Impulso para novas conquistas territoriais romanas e formação do que seria o Império Romano.
- Conflitos
internos: Patrícios x Plebeus
- Causas:
- Os patrícios convocavam os
plebeus para serem soldados de seus exércitos nas constantes guerras de
conquistas.
- Impostos cobrados dos plebeus
aumentavam, garantindo a riqueza dos patrícios.
- Aumento do endividamento de
muitos plebeus, o que acarretava a mudança de situação social, passando
a serem escravos de seus credores.
- Consequências:
- Conscientes de sua importância
militar e buscando superar a exclusão política e a exploração econômica,
os plebeus resolveram se rebelar.
- 494 a.C., plebeus retiraram-se
para o monte Aventino, recusando-se a defender a cidade e ameaçam criar
uma nova cidade enquanto não fossem cedidos a eles direitos políticos. Patrícios
resolveram ceder à pressão e criaram o Concilium Plebis, o Tribunato
da Plebe[10].
- Em 450 a.C., após novas
revoltas, os patrícios decidiram instituir a Lei das Doze Tábuas, o primeiro código de leis escritas em
Roma e foi redigido por dez juristas, conhecidos como decênviros, ela visava
transformar as antigas leis orais em leis escritas para dificultar que
os patrícios as interpretassem de acordo com suas conveniências.
- Lei Canuléia (445a.C) permissão
de casamento entre Patrícios e Plebeus (na maioria das vezes ricos).
- Eleição dos magistrados plebeus (367-366a.C)
os plebeus foram conseguindo, lentamente , ter acesso ás mais diversas
magistraturas romanas em 366 a.C., foi eleito o primeiro consul plebeu,
cargo mais elevado na magistratura.
- Lei que proibia a escravidão por dívida ( por volta de 366a.C.)
muitos plebeus foram feitos de escravos por patrícios. A lei proibia
esse tipo de escravidão. A escravidão foi abolida definitivamente em 326
a.C..
- População escrava crescente
devido as conquistas.
- Revoltas de escravos e províncias
conquistadas.
- Ditador: cargo que dava ao seu titular
poderes máximos por seis meses. Era usado diante de grandes revoltas.
- Tibério e Caio Graco:
- Tibério Graco – eleito Tribuno da Plebe e Consul, tentou introduzir
um amplo programa de Reforma Agrária a partir das terras conquistadas e
que pertenciam a Roma, mas que ficavam sob a guarda de patrícios. Seu
objetivo era diminuir a pobreza dos cidadãos, principalmente dos
legionários (soldados), que pouco lucravam com as conquistas e corriam o
perigo de terem suas terras confiscadas por dívidas já que não
trabalhavam nelas quando estavam de serviço. Foi morto após fechar o
Senado para consolidar seus planos.
- Caio
Graco – irmão
de Tibério, tentou anos depois colocar em prática a Reforma Agrária, além
de subsidiar a compra de grãos aos mais pobres. Acuado pelo Senado, se
matou para não dar aos inimigos e prazer de seu assassinato.
- Revolta
de Espartaco
- Maior revolta de escravos da
história da Roma antiga.
- Foi liderada pelo ex-gladiador
Espártaco.
- Começou pequena, mas acabou
formando um exército de 120 mil homens[11],
- Resultou em um dos maiores
derramamentos de sangue da história da humanidade.
- General Licinio Crasso, o homem
mais rico de Roma, buscava prestígio militar, e tenta conter a revolta após
várias derrotas.
- General Cneu Pompeu Magno, após
vitoriosa campanha contra revoltosos na Hispânia é chamado para auxiliar
Crasso.
- Roma sufoca violentamente a
rebelião, com Crasso crucificando os revoltosos.
- O Senado considera Pompeu o
responsável pela vitória, mesmo ele não tendo lutado contra as forças de
Espartaco.
- Revoltas de escravos e
províncias, miséria da população mais pobre, descontentamento dos
legionários por péssimas condições, fez o senado decretar poderes
ditatoriais a generais, o que na prática enfraqueceu a própria instituição
ao demostrar que não era capaz de conter as crises.
- Pompeu e Crasso se unem e se
tornam cônsules.
- Júlio Cesar, general que
conquistou a região da Gália, ganha prestigio pelas suas vitórias e
generosidade na partilha dos espólios, além de promover benfeitorias aos
plebeus.
- Júlio Cesar, Crasso e Pompeu se
unem e criam o Triunvirato.
PRIMEIRO TRIUNVIRATO
Agravante da crise
política
- Fase final da república.
- Expansão romana trouxe conflitos
sociais: patrícios com latifúndio ao mesmo tempo que soldados empobreciam
após as campanhas militares e plebeus desempregados pelo grande número de
escravos.
- Diante da incapacidade de
resolver os problemas sociais, uma vez que exigia restringir seus
privilégios, os patrícios perdiam prestígio.
- Generais ganhavam prestígio
devido as conquistas.
- Generais se tornam líderes
políticos e passam a ambicionar e a ocupar cargos no governo.
- O plebeu Mário se destaca como
militar e se torna general.
- Contratação de mercenários para
ingressarem o exército.
- Distribuição de parte das terras
conquistadas aos soldados, além de espólio e salário ao fim do serviço
militar.
- Levantes e ataques de outros
povos.
- Mário é eleito Consul e reeleito
por seis vezes consecutivas, mesmo a lei exigindo um período de dez anos.
- Sila, patrício empobrecido, se
destacou no exercício militar ao conter rebeliões.
- Com apoio dos patrícios, Sila
tenta derrubar o governo de Mário, que se refugia na África e faz acordos,
dando cargos para os aliados de Sila.
- Mario é reeleito Consul enquanto
Sila lidera o exército contra províncias rebeldes.
- Mario morre e, diante da crise
política, Sila é eleito ditador.
- Sila amplia a cadeiras do Senado
e põe fim aos cargos de tribuno da Plebe.
- A morte de Sila devolveu ao
Senado o poder político máximo de Roma.
- O Senado estava diante de uma
nova realidade, exército fortalecido junto com a plebe urbana.
Contexto
- Senado enfraquecido após a morte
do ditador Sila, pois demonstrava incapaz de resolver os problemas
sociais, enquanto o exército estava fortalecido.
- Crasso[1]
e Pompeu[2] são
eleitos cônsules.
- Para firmarem o poder, os
cônsules restituem o cargo de Tribuno da Plebe e os plebiscitos ganham
força de lei.
- O general Júlio César ganha
importante destaque político por conquistar territórios na rica região da
Gália[3].
- Júlio César é eleito cônsul com
amplo apoio popular devido as suas conquistas.
- Crasso, Pompeu e Júlio César se
unem para governar Roma.
- As províncias são divididas entre
os três.
Fim
- Grasso morre numa fracassada
campanha na Germânia, o episódio dá início a disputas pelo poder.
- O Senado apoia Pompeu e lhe
declara líder único.
- Júlio César é intimado pelo
Senado a dispensar o seu exército após ele conquistar a Gália e a jurar
lealdade ao novo líder.
- Júlio César se rebela e invade a
península itálica com seu exército.
- Pompeu e os senadores fogem, mas
são perseguidos por Júlio César.
- Com a oposição eliminada, Júlio
César ocupa o cargo de Ditador.
JÚLIO CÉSAR
Ditadura
- Centralização do poder nas mãos
de Júlio César.
- Criação do Calendário Juliano que
deixava de seguir as fases lunares e seguia a solar.
- Censo para redistribuir os
cereais de modo mais justo e econômico.
- Proibiu gastos com luxo no
governo.
- Favoreceu famílias numerosas por
repovoarem a península itálica.
- Reduziu a dívida da população em
¼.
- Empregou vários cidadãos nas
construções de obras públicas.
- Tornou cidadão todo morador das
províncias romanas.
- Reorganizou a cobrança de
impostos a fim de evitar corrupção.
- Tentou implantar reforma agrária
para os veteranos.
- Colocou vários simpatizantes no
Senado.
- Unificou em si vários títulos de
honraria e poder.
- Promoveu cultos e festas para sua
pessoa.
- Os senadores Brutus[4]
e Cássio conspiram contra Júlio César,
- Foi morto por um complô de
senadores que temiam seu poder crescente.
Consequências
·
Carismático
entre a classe baixa e média, a morte de Júlio César desperta revolta entre a
população por ter sido causada por um pequeno número de aristocratas.
·
Marco
Antônio, amigo e segundo em comando do exército de César, tenta capitanear a
fúria do povo para se tornar líder máximo.
·
Otávio[5],
sobrinho neto de Júlio César, herda propriedades e títulos do tio, coibindo a
ambição de Marco Antônio.
·
Brutus
e Cássio fogem para a Grécia com a intenção de formarem um exército a fim de
conquistar o poder em Roma.
SEGUNDO TRIUNVIRATO
- Marco Antônio, Otávio e Lépito[6]
se unem contra os conspiradores da morte de César.
- Várias mortes políticas até
vencerem a guerra contra os conspiradores.
- O Segundo Triunvirato governa
Roma.
- Lépido é afastado do poder por
Otávio.
- Marco Antônio se alia a
Cleópatra, rainha do Egito, contra Otávio.
- Marco Antônio perde a guerra,
Cleópatra se mata, o Egito é anexado a Roma e Otávio governa sozinho.
IMPÉRIO ROMANO
- Otávio devolve o poder ao Senado
e transfere aos governadores das províncias o poder militar.
- Reforça as instituições
republicanas e busca influenciar os senadores em vez de exercer poder
despótico.
·
Assume
o nome do tio e passa a ser chamado de César[9]
Otávio Augusto.
·
Pax
Romana[10]: aculturação das províncias[11];
uso da força para manter a paz; distribuição de cargos públicos em troca de
apoio das famílias influentes; benefícios a população mais pobre.
- Política
do Pão e circo[12]
(panem et circenses): promoção de vários eventos para entreter e distrair
o povo dos problemas mais sérios na fundação da sociedade romana.
·
Após
Otávio Augusto, os imperadores que o sucederam buscaram manter o poder com
apoio popular.
·
A
expansão do império por meio de conquistas exigia um forte contingente militar,
o que ocasionava gastos excessivos.
- Com as contas em desequilíbrio
devido aos gastos militares e a sustentação do corpo burocrático, a moeda
desvalorizou e os preços subiram.
- Fim das guerras de conquistas e
acordo com os povos fronteiriços para protegerem o império de invasores,
diminuíram a demanda de escravos, o que diminuiu a produção.
- Aumento de impostos para
contornar a crise ampliou a pobreza da população.
- Colonato: forçava os plebeus pobres a
migrarem para o campo em troca de proteção, um lote de terra e parte da
colheita.
- Ruralização:
o colonato provocou êxodo rural, crise no comércio devido a escassez de
mão de obra e ampliou a crise financeira.
- Disputas pelo poder entre chefes
militares e senadores enfraqueciam a administração[13].
- Imperador Diocleciano divide o Império em quatro regiões[14]
para uma melhor administração.
- Perseguição aos cristãos[15]
por Diocleciano que os acusavam de provocar os males do império por não
venerarem o imperador.
- Após a morte de Diocleciano,
Constantino, com apoio dos cristãos assume o poder e unifica novamente a
administração do império.
- Édito
de Milão:
declaração de que o império seria neutro em relação a religião, o que
colocou fim as perseguições aos cristãos.
- Constantino, após consolidar seu
poder, se torna cristão[16],
o que incentiva vários influentes cidadãos a conversão.
- Divisão do Império em: Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente.
- Constantinopla: a antiga cidade grega de
Bizâncio foi escolhida e reformada por Constantino para ser sede da parte
oriental do império e passou a se chamar Nova Roma. Após a morte do
imperador, foi chamada de Constantinopla.
- Ravena se torna capital da parte
Ocidental e depois passa a ser Milão.
- Imperador Teodósio torna o
cristianismo a religião oficial de Roma.
- Cristianização
do exército: com
vários soldados e centuriões se tornando cristão, houve muitas baixas.
- Barbarização
do exército:
povos germânicos são incorporados ao exército.
- Visigodos (povo germânico)
invadem o império e saqueiam Roma para cobrar dívida de defesa das
fronteiras.
- Vândalos (povo germânico)
realizam a segunda invasão e saqueiam violentamente Roma.
- Hérulos (germânicos), sob o
comando de Odoacro, invadem Roma e depõe o imperador Romulo Augusto.
- Odoacro se proclama rei da Itália
e manda ao imperador oriental as insígnias do imperador ocidental.
- Fim do Império Romano do
Ocidente.
[1] Banqueiro e homem mais rico de Roma,
se destacou no combate a Espartaco, embora quem tenha levado o mérito tenha
sido Pompeu.
[2] General
oriundo de uma rica família provincial.
[3] Atual
França.
[4] Líder
político conservador, militar e aristocrata de umas das famílias mais antigas
de Roma, apoiou Pompeu contra César, mas foi perdoado.
[5] Ou
Otaviano.
[6]
Ex-consul, o general era homem de confiança de César.
[7] Status
de um deus que deveria ser venerado.
[8] Líder
máximo do exército.
[9] O nome
de César passa a ser o título de imperador romano.
[10] Período
de paz e prosperidade que existiu no Império Romano de 27 a.C até o ano 180 d.C
e foi importante na manutenção do poder romano sobre as regiões que havia conquistado.
[11] Roma
leva sua cultura e modo de vida aos povos conquistados,
[12] As
autoridades acalmavam o povo com a a construção de enormes arenas, nas quais
realizavam-se sangrentos espetáculos envolvendo gladiadores, animais ferozes,
acrobacias, bandas, espetáculos com palhaços, artistas de teatro. A mais famosa
foi o Coliseu. Construíram também velódromos para corridas de bigas, quadrigas
e de cavalo. Outro costume dos imperadores era a distribuição de cereais
mensalmente no Pórtico de Minucius. Basicamente, estes "presentes" ao
povo romano garantia que a plebe não morresse de fome e tampouco de
aborrecimento.
[13] Roma
teve num período de cinquenta anos dezoito imperadores, mortos por conspirações
e disputas políticas.
[14]
Tetrarquia, foi como ficou conhecido o governo onde Roma tinha quatro líderes.
[15] A
primeira perseguição ocorreu quando os cristãs foram acusados de provocar um
incêndio em Roma na época do Imperador Nero. Sob Diocleciano, ela retomou e se
tornou uma forma de “diversão” para a sociedade.
[16] A
conversão de Constantino consolidou a união do imperador com os cristãos, grupo
crescente em Roma, principalmente entre os mais pobres.
[1] Em algumas versões,
foi Júpiter *Zeus, quem desposou a princesa).
[2] Rômulo queria chamar
a cidade de “Roma” e fundá-la no monte Palatino, enquanto Remo desejava
nomeá-la “Remora” e fundá-la no monte Aventino. Outra versão é que Remo tomou
para si o monte Aventino depois de observar seis abutres sobrevoando o seu
monte. Logo depois, Rômulo foi indicado como o abençoado dos deuses ao ter observado
doze aves próximas ao monte Palatino. Depois que recebeu a distinta bênção das
divindades, Rômulo cavou um sulco que separava seus domínios do seu irmão.
Enciumado por aquela situação, Remo desconsiderou o marco criado pelo seu irmão
e atravessou o território. Furioso com o comportamento desrespeitoso de Remo,
Rômulo matou o irmão e enterrou o seu corpo nas terras do monte Aventino.
[3] De acordo com a
definição de indo-europeu encontrada no Grande Dicionário Houaiss da Língua
Portuguesa, “diz-se de ou indivíduo dos indo-europeus, povos originários das
estepes da Ásia central ou dos planaltos iranianos (também chamados arianos)
que, a partir do final do Neolítico, se expandiram para a Europa, Pérsia e
península da Índia” ou “diz-se de ou tronco (chamado também por alguns de
família) de línguas aparentadas, faladas em parte da Ásia e em grande parte da
Europa”.
[4] ocorreu pela
necessidade da busca por novas terras de cultivo. Os povos que viviam à margem
da sociedade, submetidos à concentração da terra na mão de poucos, precisavam
encontrar solos que fossem férteis para o cultivo para sua subsistência e
expandiram-se em direção à Península Itálica e ao Mar Negro.
[5] Povos que viveram na
região da Península Itálica. O período exato em que houve a ocupação não se
sabe, mas acreditam que ela ocorreu por volta dos anos de 1200 a 700 a.C. A
região cuja qual eles habitavam equivale o que é hoje a Toscana, com partes no
Lácio e Umbria, na Itália. Foram muito influenciados pelos gregos, povo com o qual
estabeleceram relações comerciais.
[6] O rei etrusco Lúcio
Tarquínio Prisco ordenou a construção de um fórum pavimentado, de um estádio
público (Circo Máximo) e de um magnífico sistema de esgotos, a Cloaca Máxima,
considerada uma das maiores obras urbanísticas da Antiguidade. Também foi obra
dos etruscos a construção das muralhas da colina. Os etruscos utilizaram em
suas obras novos elementos, como o arco e a abóbada. Eles planejavam o
território em torno de duas avenidas perpendiculares, uma que ia de norte a sul
e outra que ia de leste a oeste, sistema que foi incorporado nas fundações
romanas futuras.
[7] O mandato de um ano e
a liderança dividida vem de encontro justamente com o medo que os romanos
tinham de delegar poderes a apenas uma pessoa por um tempo muito longo, como
era na Monarquia.
[8] Originariamente uma
colônia fenícia no Norte da África, situada a leste do lago de Túnis, perto do
centro de Túnis, na Tunísia, se tornou independente quando sua metrópole foi
conquistada pelos persas. Com o tempo, Cartago se tornou uma potência marítima
comercial, formando um império.
[9] Ganharam este nome, pois os romanos chamavam os
cartagineses de púnicos (punici).
[10] Formado por dois
magistrados (tribunos) representantes dos plebeus, que tinham o poder de vetar
ou de se opor às decisões dos cônsules e do Senado que poderiam prejudicar a
plebe. Caso uma decisão fosse vetada, não poderia mais ser colocada em prática.
Em 471 a.C., o número de magistrados plebeus aumentou para dez. Sua função
consistia também em receber as reclamações dos plebeus que se sentissem
injustiçados, o que fazia com que suas casas ficassem abertas aos que os
procuravam.
[11] Alguns historiadores
dizem 70 mil e outros dizem 100 mil, mas o número mais citado é 120 mil
Um comentário:
Professor, me ajudou muito para estudar pra prova. Obrigada, Pietra
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