A
ordem natural de preparação da maioria dos "concurseiros" é avaliar o edital e
estudar cada um dos pontos do conteúdo que será cobrado nas provas. A
estratégia não é desvalorizada pelos professores especializados, porém, com o
aumento da concorrência, do volume de disciplinas cobrado nos concursos
públicos e do tempo reduzido para estudar, a metodologia tem sido questionada e
abre espaço para outras maneiras de se preparar. Uma delas é fazer o caminho
inverso: resolver questões de provas anteriores da seleção desejada e, depois,
complementar com as leituras teóricas.
Solucionar
exercícios que já foram usados em avaliações anteriores tem algumas vantagens:
aprender a forma que a banca examinadora apura o conhecimento sobre determinada
disciplina, identificar os assuntos mais recorrentes e treinar o tempo que se
leva para responder à prova. Além do conteúdo, as provas de concurso público
também avaliam a velocidade de resposta dos candidatos.
Atualmente,
os "concurseiros" adeptos do estudo por questões anteriores usam duas
alternativas: responder aos exercícios, conferir o resultado e reforçar os
assuntos que não acertaram ou ler a prova já com as respostas corretas
marcadas. “O método é muito eficiente, pois condiciona seu cérebro a gravar as
respostas corretas, ignorando as alternativas erradas. Sem falar no acúmulo de conhecimento
e domínio sobre o que a banca cobra e como o faz”, explica Hélio Guilherme Dias
Silva, do Rota dos Concursos, site especializado em questões e simulados para
concursos públicos.
Ele
defende que os candidatos economizam tempo ao treinar com questões e simulados.
“Não basta só responder, tem que conferir o resultado e voltar aos assuntos que
ainda não foram fixados”.
Foco
A
segunda etapa do estudo é a solução de simulados conforme o que é mais exigido
pelas bancas organizadoras. “Tudo o que for cobrado na prova precisa estar
previsto no conteúdo programático do edital, porém, nem tudo o que está listado
fará parte das questões”, afirma Hélio Guilherme.
Um
exemplo é a disciplina de Língua Portuguesa, que tem tópicos muito comuns entre
as empresas que elaboram as avaliações. Segundo pesquisa no banco de dados da
Rota dos Concursos, para o Centro de Seleção e Promoção de Eventos da
Universidade de Brasília (Cespe/UnB), 45,8% das questões aplicadas entre 2010 e
2012 cobraram interpretação de texto. O assunto representou 28,3% das perguntas
da Escola de Administração Fazendária (Esaf) no mesmo período e 63,4% para a
Fundação Universa. Em compensação, o tema sintaxe apareceu em 3,7% questões da
Fundação Universa, mas em 14,3% nas provas da Esaf e 8% nas da Cespe/UnB.
Avaliações
estatísticas como estas, somadas à observação do desempenho individual ao
solucionar questões, podem resultar na otimização do plano de estudo do
candidato ao serviço público, que saberá como e o que estudar com mais ênfase e
dedicação.
Disponível em http://br.educacao.yahoo.net/conteudo.aspx?titulo=Simulados+ajudam+na+prepara%C3%A7%C3%A3o+para+concursos, acessado dia 19 de outubro de 2012.
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