Tem horas que fico a pensar,
afinal, ainda não há um imposto sobre isso.
É bom, me faz sentir especial as
vezes. Me sinto superior aos demais animais, aqueles que são classificados como
irracionais. Lembro da minha infância, quando a tia da escola ensinou que o
homem é um animal racional. Uau! Uma lição incrível, emocionante! Todo aquele
sentimento de superioridade!
Meus pensamentos me conduzem a
mundos imaginários, a realidades alternativas, a desejos secretos e a diálogos
intermináveis comigo mesmo. É bom conversar comigo mesmo, gosto de um bom bate
papo inteligente, sem a presença de gente ignorante, daquelas que nem
desenhando entendem o óbvio. Sabe, aquelas pessoas que nos faz duvidar que a
ideia de que o ser humano é racional seja uma regra válida. Passamos a
acreditar que é apenas uma falácia.
Por falar nesse tipo de gente,
fico pasmado com a incrível quantidade de pessoas que se julgam politicamente
corretas e ainda com o direito divino de sentenciar quem lhe é diferente.
Tais pessoas não se preocupam em
se auto examinar, observar seus defeitos, mas são enlouquecidas em apontar para
o outro, salientar o que está errado (ou ao menos considera estar) e diminuir
ou mesmo ignorar as qualidades. Muitas vezes nem se preocupam em conhecer o
condenado, apenas se contentam no pouco que conhecem. Nem mesmo querem saber o
que houve, apenas observam superficialmente a situação para terem no que se
deleitar na sua cruel sentença.
Qual a necessidade disso? Como
uma alma pode ser tão miserável ao ponto de se dedicar a promover o mal do
outro?
Incrível! Podiam se sentar com a
pessoa, buscar conhecer sua vida, se alegrar com suas alegrias e a consolar em
suas mágoas e vice-versa. Mas não! Preferem a companhia dos que também são
mesquinhos, aqueles com a alma tão miserável quanto a sua.
Não há amizade! Há apenas a união
por interesse, no caso, o de prejudicar quem busca viver sua própria vida, sem
levar o mal para quem está a sua volta.
Qual o propósito, a razão de
viver de pessoas assim?
Sinceramente não sei a resposta.
Não consigo visualizar uma lógica, uma razão para isso. Nem mesmo apelando para
a minha imaginação.
Só lamento tal existência vazia e ridícula.
Prof. Fábio José
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