E.E. PROF. CARLOS ALBERTO GALHIEGO
Prof. Fábio José
Disciplina: História
Classe: 8º ano D e E
Fazer de caneta azul ou preta.
Deixar no caderno.
Trabalho 2
Leia os textos.
Texto 1.
Nos anos de 1780, a França vivenciava uma série de conturbações
marcadas por grandes revoltas nos campos e nas cidades. Enquanto os
trabalhadores assalariados e os camponeses promoviam diversos levantes por todo
o país, a burguesia via-se ameaçada pela invasão de produtos estrangeiros com
qualidade e preço mais competitivos que os franceses. Dessa forma, a burguesia
precisava de incentivos que recuperassem sua força econômica e as camadas
populares desesperavam-se com a alta dos alimentos.
Em meio às inundações, desemprego, secas e falências, alguns
membros do próprio governo francês tentaram alertar sobre a necessidade de uma
ampla reforma fiscal. Em linhas gerais, esses reformistas defendiam a
necessidade do clero e da nobreza passarem a contribuir com o pagamento de
impostos válidos a toda a população. No entanto, a tentativa de nivelamento
fiscal foi completamente barrada pelos representantes da aristocracia francesa.
O rei pretendia realizar uma reforma fiscal sem abalar os
interesses do clero e da nobreza. Com isso, o peso financeiro da reforma
recairia todo sobre as costas dos trabalhadores e da burguesia. No entanto,
essa transformação do sistema fiscal deveria ser aprovada por um Parlamento que
tinha o poder de vetar, julgar ou reconhecer alguns pedidos feitos pela
autoridade real. Nesse momento, rei e Parlamento enfrentaram uma crise política
que só poderia ser contornada com a conclamação dos Estados Gerais.
Texto 2.
(...) os Estados-gerais foram convocados para a formação de uma assembleia
que deveria mudar o conjunto de leis da França. Nesta assembleia, dividia-se a
população francesa em três grandes classes sociais, cada uma representando um
estado.
O primeiro estado era dominado pelo clero. Ele contava com cerca
de 120 mil religiosos divididos em: alto clero (composto por bispos e abades,
muitos destes proprietários de terras) e o baixo clero (formado por padres,
monges e abades de pouca condição). Logo em seguida, vinha o segundo estado
integrado pelos membros da nobreza. Entre os nobres existiam aqueles
integrantes da nobreza provincial (proprietária de terras) e a nobreza de toga
(composta por burgueses que compravam títulos de nobreza da Coroa).
Por último, havia um terceiro estado composto pela esmagadora
maioria da população francesa. Em seu topo localizava-se a burguesia,
subdividida em três outras categorias. A primeira delas era a alta burguesia
formada por banqueiros, agiotas e grandes empresários. Logo em seguida, vinha a
média burguesia composta por empresários, professores, profissionais liberais e
advogados. Por último a pequena burguesia formada por artesãos, lojistas e
pequenos comerciantes.
Na
base do terceiro estado encontrava-se toda a classe trabalhadora francesa.
Proletários, aprendizes, pequenos artesãos, e os camponeses livres e
semi-livres. Desta maneira, notamos que dentro do terceiro estado existia uma
heterogenia de classes que, algumas vezes, chegavam a ter interesses
completamente antagônicos. Além de formar um estado misto, somente os
integrantes do terceiro estado arcavam com as taxas e impostos que sustentavam
a monarquia francesa.
Texto 3.
A convocação dos Estados Gerais coincidiu com um momento de grande
mobilização popular em Paris. Essa mobilização foi resultado direto da
insatisfação popular com a fome, que havia aumentado por conta das colheitas
ruins de 1788. Em decorrência disso, o preço do alimento disparou, fazendo com
que muitos não tivessem condição de comprar alimentos suficientes.
Com a fome espalhando-se pelo país, as pessoas mais pobres eram
jogadas para a rebelião ou para o banditismo. Essa situação fez com que as
camadas populares de Paris enxergassem os Estados Gerais como uma forma de
melhorar a situação.
As decisões dos Estados Gerais eram realizadas por meio de uma
votação, na qual cada estado tinha direito a um voto. Esse mecanismo permitia a
união entre nobreza e clero contra o Terceiro Estado e, assim, garantia a
permanência de seus privilégios. Os representantes do Terceiro Estado, por sua
vez, sugeriram que o voto fosse individual, não por Estado. Com isso, o
Terceiro Estado teria a possibilidade de ameaçar os interesses da nobreza e do
clero.
A proposta do Terceiro Estado pelo voto individual foi rejeitada
pelo rei, o que motivou seus a romper com os Estados Gerais e a formar uma
Assembleia Nacional Constituinte a fim de que uma nova Constituição fosse
redigida para a França. A insatisfação popular tomou as ruas quando o rei
mostrou-se contrário à Constituição e ordenou o fechamento da Constituinte.
No dia 14 de julho de 1789, os sans-culottes (camadas populares de
Paris), enfurecidos, resolveram atacar a Bastilha, prisão que abrigava presos
políticos do absolutismo. Apesar de, naquele momento, a Bastilha estar quase
desativada, continuava sendo um grande símbolo do absolutismo. A população
parisiense conseguiu tomar a prisão. Essa ação é considerada pelos
historiadores como o grande marco que iniciou a Revolução Francesa.
Texto 4
O
povo rebelou-se contra o rei, invadindo a Bastilha, e apresentou a Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão. Os camponeses passaram a ocupar as terras
dos senhores e a persegui-los, no que ficou conhecido como o “Grande Medo”.
Tinha início a Revolução Francesa.
Fase
da Monarquia Constitucional (1789-1792)
Além
do Grande Medo e da Declaração dos Direitos dos Homens, caracterizaram essa
fase a perda dos direitos que a aristocracia detinha desde o período feudal e a
formação de uma monarquia constitucional, após a elaboração da primeira
Constituição.
Essas
medidas geraram uma pressão por parte de outros países monárquicos que se
sentiram receosos de que o processo revolucionário afetasse os ânimos de suas
populações. Áustria e Prússia entraram em guerra com a França, em 1791. Em
agosto desse mesmo ano, a Assembleia Legislativa, após pressão popular,
destituiu Luís XVI de seu reinado. Foi proclamada a República e uma organização
criada em Paris, chamada de Comuna Insurrecional, passou a administrar o país.
Com
o afastamento das tropas austríacas e prussianas, Paris afastou-se do perigo de
ser tomada. Em setembro de 1791, foi criada a Convenção e dissolvida a
Assembleia Legislativa.
Convenção
Republicana e o Período do Terror (1792-1794)
A
Convenção Republicana tinha o interesse de elaborar uma nova Constituição,
garantindo uma maior participação popular na administração do Estado, além de
impedir o retorno de uma monarquia absoluta. Nesse período houve o aparecimento
de divergências políticas internas, o que resultou na divisão entre girondinos,
jacobinos e a planície. Com a consolidação da República, foi inaugurado um novo
calendário, tendo o ano de 1792 como o ano I.
A
radicalização das propostas das classes mais baixas na hierarquia social levou
à execução do rei Luís XVI e sua família na guilhotina. O fato dos girondinos
terem se oposto às execuções resultou também na perda de suas cabeças na
guilhotina. Tinha início o período do Terror.
Através
do período do Terror, subiram ao poder os jacobinos liderados por Robespierre.
A nova Constituição entrou em vigor, garantindo o voto a todos os homens
maiores de 21 anos. Foi sufocada a contrarrevolução interna e leis sociais
foram promulgadas, entre elas, o fim da escravidão nas colônias e o preço
máximo dos alimentos. No entanto, essas medidas e a centralização do poder por
Robespierre, bem como o ordenamento de condenações tanto a inimigos quanto a
aliados, deixaram-no isolado, sem base para manter o poder. Em julho de 1794,
Robespierre foi guilhotinado, e os jacobinos perderam o poder de Estado.
Diretório
(1794-1799)
A
queda dos jacobinos representou a subida ao poder da alta burguesia. O
Diretório era composto por cinco membros, e existiam ainda duas assembleias: a
dos Anciãos e a dos Quinhentos. Essa fase representou o fortalecimento da
burguesia e a volta de alguns privilégios, como o voto censitário e o fim das
leis sociais do período anterior.
Houve
ainda tentativas de insurreições, como a de Graco Babeuf, líder da Conspiração
dos Iguais, que pretendia destituir o Diretório e aprofundar as reformas
sociais da Revolução Francesa. Babeuf foi guilhotinado, ilustrando o domínio da
burguesia no poder do Estado. As disputas internas e as guerras externas
criaram as condições para o fortalecimento do exército e de um dos seus
principais generais, Napoleão Bonaparte. Com a criação do Consulado em 1799,
tinha início a época Napoleônica.
Atividade
Fazer uma “cruzadinha”
sobre a Revolução Francesa com perguntas e respostas.
A coluna vertical deve
conter o termo REVOLUÇÃO FRANCESA e para cada letra deve ter uma palavra que
será a resposta de uma pergunta.