segunda-feira, 11 de maio de 2020

8º ano D e E - Atividade 02


E.E. PROF. CARLOS ALBERTO GALHIEGO


Prof. Fábio José
Disciplina: História
Classe: 8º ano D e E

Fazer de caneta azul ou preta.
Deixar no caderno.


Trabalho 2
Leia os textos.

Texto 1.
Nos anos de 1780, a França vivenciava uma série de conturbações marcadas por grandes revoltas nos campos e nas cidades. Enquanto os trabalhadores assalariados e os camponeses promoviam diversos levantes por todo o país, a burguesia via-se ameaçada pela invasão de produtos estrangeiros com qualidade e preço mais competitivos que os franceses. Dessa forma, a burguesia precisava de incentivos que recuperassem sua força econômica e as camadas populares desesperavam-se com a alta dos alimentos.

Em meio às inundações, desemprego, secas e falências, alguns membros do próprio governo francês tentaram alertar sobre a necessidade de uma ampla reforma fiscal. Em linhas gerais, esses reformistas defendiam a necessidade do clero e da nobreza passarem a contribuir com o pagamento de impostos válidos a toda a população. No entanto, a tentativa de nivelamento fiscal foi completamente barrada pelos representantes da aristocracia francesa.

O rei pretendia realizar uma reforma fiscal sem abalar os interesses do clero e da nobreza. Com isso, o peso financeiro da reforma recairia todo sobre as costas dos trabalhadores e da burguesia. No entanto, essa transformação do sistema fiscal deveria ser aprovada por um Parlamento que tinha o poder de vetar, julgar ou reconhecer alguns pedidos feitos pela autoridade real. Nesse momento, rei e Parlamento enfrentaram uma crise política que só poderia ser contornada com a conclamação dos Estados Gerais.


Texto 2.
(...) os Estados-gerais foram convocados para a formação de uma assembleia que deveria mudar o conjunto de leis da França. Nesta assembleia, dividia-se a população francesa em três grandes classes sociais, cada uma representando um estado.

O primeiro estado era dominado pelo clero. Ele contava com cerca de 120 mil religiosos divididos em: alto clero (composto por bispos e abades, muitos destes proprietários de terras) e o baixo clero (formado por padres, monges e abades de pouca condição). Logo em seguida, vinha o segundo estado integrado pelos membros da nobreza. Entre os nobres existiam aqueles integrantes da nobreza provincial (proprietária de terras) e a nobreza de toga (composta por burgueses que compravam títulos de nobreza da Coroa).

Por último, havia um terceiro estado composto pela esmagadora maioria da população francesa. Em seu topo localizava-se a burguesia, subdividida em três outras categorias. A primeira delas era a alta burguesia formada por banqueiros, agiotas e grandes empresários. Logo em seguida, vinha a média burguesia composta por empresários, professores, profissionais liberais e advogados. Por último a pequena burguesia formada por artesãos, lojistas e pequenos comerciantes.

Na base do terceiro estado encontrava-se toda a classe trabalhadora francesa. Proletários, aprendizes, pequenos artesãos, e os camponeses livres e semi-livres. Desta maneira, notamos que dentro do terceiro estado existia uma heterogenia de classes que, algumas vezes, chegavam a ter interesses completamente antagônicos. Além de formar um estado misto, somente os integrantes do terceiro estado arcavam com as taxas e impostos que sustentavam a monarquia francesa.

Texto 3.
A convocação dos Estados Gerais coincidiu com um momento de grande mobilização popular em Paris. Essa mobilização foi resultado direto da insatisfação popular com a fome, que havia aumentado por conta das colheitas ruins de 1788. Em decorrência disso, o preço do alimento disparou, fazendo com que muitos não tivessem condição de comprar alimentos suficientes.

Com a fome espalhando-se pelo país, as pessoas mais pobres eram jogadas para a rebelião ou para o banditismo. Essa situação fez com que as camadas populares de Paris enxergassem os Estados Gerais como uma forma de melhorar a situação.

As decisões dos Estados Gerais eram realizadas por meio de uma votação, na qual cada estado tinha direito a um voto. Esse mecanismo permitia a união entre nobreza e clero contra o Terceiro Estado e, assim, garantia a permanência de seus privilégios. Os representantes do Terceiro Estado, por sua vez, sugeriram que o voto fosse individual, não por Estado. Com isso, o Terceiro Estado teria a possibilidade de ameaçar os interesses da nobreza e do clero.

A proposta do Terceiro Estado pelo voto individual foi rejeitada pelo rei, o que motivou seus a romper com os Estados Gerais e a formar uma Assembleia Nacional Constituinte a fim de que uma nova Constituição fosse redigida para a França. A insatisfação popular tomou as ruas quando o rei mostrou-se contrário à Constituição e ordenou o fechamento da Constituinte.

No dia 14 de julho de 1789, os sans-culottes (camadas populares de Paris), enfurecidos, resolveram atacar a Bastilha, prisão que abrigava presos políticos do absolutismo. Apesar de, naquele momento, a Bastilha estar quase desativada, continuava sendo um grande símbolo do absolutismo. A população parisiense conseguiu tomar a prisão. Essa ação é considerada pelos historiadores como o grande marco que iniciou a Revolução Francesa.


Texto 4
O povo rebelou-se contra o rei, invadindo a Bastilha, e apresentou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Os camponeses passaram a ocupar as terras dos senhores e a persegui-los, no que ficou conhecido como o “Grande Medo”. Tinha início a Revolução Francesa.

Fase da Monarquia Constitucional (1789-1792)

Além do Grande Medo e da Declaração dos Direitos dos Homens, caracterizaram essa fase a perda dos direitos que a aristocracia detinha desde o período feudal e a formação de uma monarquia constitucional, após a elaboração da primeira Constituição.

Essas medidas geraram uma pressão por parte de outros países monárquicos que se sentiram receosos de que o processo revolucionário afetasse os ânimos de suas populações. Áustria e Prússia entraram em guerra com a França, em 1791. Em agosto desse mesmo ano, a Assembleia Legislativa, após pressão popular, destituiu Luís XVI de seu reinado. Foi proclamada a República e uma organização criada em Paris, chamada de Comuna Insurrecional, passou a administrar o país.

Com o afastamento das tropas austríacas e prussianas, Paris afastou-se do perigo de ser tomada. Em setembro de 1791, foi criada a Convenção e dissolvida a Assembleia Legislativa.

Convenção Republicana e o Período do Terror (1792-1794)

A Convenção Republicana tinha o interesse de elaborar uma nova Constituição, garantindo uma maior participação popular na administração do Estado, além de impedir o retorno de uma monarquia absoluta. Nesse período houve o aparecimento de divergências políticas internas, o que resultou na divisão entre girondinos, jacobinos e a planície. Com a consolidação da República, foi inaugurado um novo calendário, tendo o ano de 1792 como o ano I.

A radicalização das propostas das classes mais baixas na hierarquia social levou à execução do rei Luís XVI e sua família na guilhotina. O fato dos girondinos terem se oposto às execuções resultou também na perda de suas cabeças na guilhotina. Tinha início o período do Terror.

Através do período do Terror, subiram ao poder os jacobinos liderados por Robespierre. A nova Constituição entrou em vigor, garantindo o voto a todos os homens maiores de 21 anos. Foi sufocada a contrarrevolução interna e leis sociais foram promulgadas, entre elas, o fim da escravidão nas colônias e o preço máximo dos alimentos. No entanto, essas medidas e a centralização do poder por Robespierre, bem como o ordenamento de condenações tanto a inimigos quanto a aliados, deixaram-no isolado, sem base para manter o poder. Em julho de 1794, Robespierre foi guilhotinado, e os jacobinos perderam o poder de Estado.

Diretório (1794-1799)

A queda dos jacobinos representou a subida ao poder da alta burguesia. O Diretório era composto por cinco membros, e existiam ainda duas assembleias: a dos Anciãos e a dos Quinhentos. Essa fase representou o fortalecimento da burguesia e a volta de alguns privilégios, como o voto censitário e o fim das leis sociais do período anterior.

Houve ainda tentativas de insurreições, como a de Graco Babeuf, líder da Conspiração dos Iguais, que pretendia destituir o Diretório e aprofundar as reformas sociais da Revolução Francesa. Babeuf foi guilhotinado, ilustrando o domínio da burguesia no poder do Estado. As disputas internas e as guerras externas criaram as condições para o fortalecimento do exército e de um dos seus principais generais, Napoleão Bonaparte. Com a criação do Consulado em 1799, tinha início a época Napoleônica.


Atividade

Fazer uma “cruzadinha” sobre a Revolução Francesa com perguntas e respostas.
A coluna vertical deve conter o termo REVOLUÇÃO FRANCESA e para cada letra deve ter uma palavra que será a resposta de uma pergunta.

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