A importância das regras e
dos limites para a educação dos filhos
Com certeza muitas pessoas já
ouviram a expressão: “Se os pais não educam os filhos, o mundo educa!” Esta é
uma verdade e um risco cada vez mais presentes nos modelos familiares atuais e
por esta razão regras e limites fazem parte de um tema interessante para grande
parte dos pais. Este assunto será abordado neste artigo com base no livro
"Pais presentes, pais ausentes: Regras e limites".
Na maioria dos casos, a família é
o melhor lugar para a educação infantil, educação esta que se refletirá pelos
períodos de adolescência e juventude, possuindo papel importante para a
formação do futuro adulto. Quando este papel educativo não é contemplado dentro
do ambiente familiar ele será realizado pelos ambientes, informações e pessoas
que envolvem esta criança em suas atividades, neste momento começamos a pensar
sobre a importância das regras e limites, pois é dentro do ambiente familiar
que estão os valores que em geral gostaríamos de que fosse transmitido aos
filhos.
Regras e limites são essenciais
para uma convivência adequada entre pessoas, respeitando os valores e hábitos
existentes em cada família, escola, grupo de amigos e tantos outros grupos com
os quais se tem proximidade. Dentro do ambiente familiar as regras devem ser
realmente possíveis de se cumprir, para isto, precisam ser claras, flexíveis e
a quantidade deve ser adequada à capacidade da criança ou do adolescente.
Quando as regras são extremamente rígidas ou difíceis de serem cumpridas perdem
sua eficiência, pois tendem a ser burladas ou ignoradas pelas crianças e pelos
pais, que permitem seu descumprimento. A melhor opção é que a implantação de
novas regras ou de regras mais rígidas seja feita de maneira gradual para
garantir que seus objetivos sejam atingidos.
Normalmente quando se estabelece
regras, espera-se que elas sejam cumpridas, mas e quando isto não acontece? De
alguma forma este fato deve ser sinalizado para a criança ou adolescente, os
castigos acabam surgindo como uma forma de sinalização e eles podem ser
eficazes desde que possam ser cumpridos pelos pais e filhos, pois se não forem
cumpridos tornam-se apenas ameaças e as ameaças não controlam o comportamento.
Quando os pais descumprem sucessivamente as regras por eles estabelecidas
ensinam aos filhos que as regras não são para serem cumpridas, que a autoridade
(pais ou educadores) pode ser desrespeitada e que a manipulação emocional
funciona.
Se os castigos forem aplicados,
nunca devem retirar afeto, sono ou alimento, que são necessidades básicas, ou
produzir dor. É recomendável que seja retirado algum tipo de lazer (televisão,
videogame, doces etc), depositar raiva sobre a criança, também não é indicado,
pois faz com que ela se sinta rejeitada, fazendo com que seja alvo fácil para
grupos de má companhia que reforçam o comportamento indesejado e a
agressividade. Os castigos também devem ser aplicados logo após o comportamento
indesejado. Muitas vezes a reação da criança ao castigo é agressiva, mas ela
deve ser encarada com seriedade pelos pais, pois ceder a birra é reforçar que
as regras ou castigos podem ser burlados.
O que importa é que cada família procure na sua realidade buscar coerência para a educação dos filhos, não esquecendo de passar à eles os valores que realmente importam e que hoje se mostram tão esquecidos.
(...)
Disponível em: http://meutempopsicologia.blogspot.com.br/2009/04/importancia-das-regras-e-dos-limites.html, acessado em 22 de março de 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário