quinta-feira, 7 de junho de 2018

Plano de Ação


Proposta pedagógica que visa solucionar dificuldades no processo de aprendizagem.


Atualmente, o plano de ação é uma ferramenta muito utilizada por apresentar elevada eficiência e ser relativamente simples de se elaborar. Basicamente, trata-se de definir as ações que devem acontecer até se atingir uma meta maior.[1]



Introdução


Um plano de ação consiste em fazer um planejamento pedagógico que conduza o professor a uma dinâmica no ministrar das aulas a fim de obter um melhor aproveitamento e desenvolvimento educacional por parte do aluno.
É desde o primeiro dia de aula que o processo de aprendizagem começa. Por essa razão o Professor deve de antemão ter um panorama do que é preciso para poder atingir os objetivos que se espera. É aí que se faz imprescindível uma gestão de tempo, material educacional e auxiliares, textos e vídeos disponibilizados, aulas teóricas e práticas e espaço para garantir um ensino que possibilite uma melhor aprendizagem por parte do aluno, garantindo-lhe um pleno desenvolvimento de competências e habilidades coerentes com o ano que ele está inserido. Tudo isso conduzirá o aluno a desenvolver uma rotina de estudos, o que lhe será muito útil, pois o cérebro absorve melhor a informação quando ela chega aos poucos e frequentemente, do que quando ela aparece em uma enxurrada de conteúdo de uma vez só.
A atuação do Professor enquanto mediador no processo de aprendizagem tem sua vitalidade pelo fato de que este é uma ponte entre o estudante e o conhecimento. Dessa forma, o foco é de que o aluno aprenda a “pensar” e a questionar por si mesmo, não sendo mais compreendido como um ser passivo que apenas recebe as informações. Desse modo o educador tem nas mãos a responsabilidade de agir como sujeito em meio ao mundo e de ensinar para seus educandos o conhecimento acumulado historicamente, dando-lhes a oportunidade de também atuarem como protagonistas na sociedade. Assim, não espaço para o improviso, todo objetivo deve ser vislumbrado antecipadamente.
Por essa razão o presente PLANO DE AÇÃO separa as etapas do processo educacional a fim de orientar o Professor de forma mais detalhada na elaboração de estratégias necessárias para atingir o objetivo da disciplina, garantindo uma aprendizagem mais efetiva por parte do aluno.
As etapas que o compõem são: PLANEJAR – ESTUDAR – REVER – PRODUZIR – REFAZER.


1.     Planejar

Os elementos que constituem o planejamento são: objetivos, conteúdo, estratégias e avaliações. O planejamento é um processo voltado para organização de ações que permitam a consecução de objetivos educacionais.

1.1. Diagnóstico da sala

Em primeiro lugar se deve analisar a realidade, refletindo sobre as condições existentes e prever as formas alternativas de ação para superar as dificuldades ou alcançar os objetivos desejados. Para isso se deve aplicar uma atividade teste para poder fazer um diagnóstico de cada aluno e poder definir um panorama educacional da turma.

“Identificar o que os alunos já sabem antes de começar o trabalho de mais um ano letivo é essencial para iniciar o planejamento docente. Para garantir que nada seja deixado de lado, organizo um cronograma de ações pedagógicas e elaboro um plano semestral com os professores, em que analisamos os dados de cada turma e elaboramos as avaliações diagnósticas”.[2]

Uma atividade teste pode se estabelecer um diagnóstico pode ser

A - Produção de texto: observar o domínio do aluno um determinado gênero e analisar os aspectos linguísticos e discursivos de cada um.

B - Leitura e interpretação de textos e/ou imagens/tabelas/gráficos: identificar quais habilidades os alunos dominam e quais ainda precisam desenvolver.
C - Resolução de problemas envolvendo as operações: considerar diferentes tipos de problemas que envolvem as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão.

D - Cálculos diversos.
Independente de qual for, é preciso estabelecer uma metodologia e um prazo de entrega. Assim, o professor terá como analisar o comprometimento do aluno com prazo e realização de suas obrigações e saberá suas dificuldades em raciocínio, interpretação e escrita, tanto na parte gramatical como na ortográfica, e o conteúdo da disciplina que ele carrega consigo.

1.2. Regras de atuação do Professor

O Professor deve deixar claro para os alunos e seus responsáveis como irá atuar para transmitir segurança e favorecer um modo em que todos tenham clareza sobre qual é a sua responsabilidade.
Estabelecer regras internas que serão exercidas em sala têm o objetivo de orientar a todos nos direitos e deveres durante o ano letivo vigente, tanto sobre o que cabe aos alunos como ao que cabe ao professor, a fim de proporcionar um ensino de qualidade, harmonioso e bem aproveitado.  
É muito importante a harmonia entre todas nas aulas, uma boa convivência possibilita uma aula mais bem aproveitada. Por isso as regras devem estabelecer

A – Respeito a exposição do outro: não interromper o Professor ou colega quando estes estiverem a falar, aguardando sua vez para se manifestar. O Professor deve atender a todos, mas é importante que o aluno saiba esperar a sua vez, compreendendo que o que o colega tem a dizer também é importante. Já interromper o Professor pode atrapalhar na explicação, criando dificuldade para os colegas. Além do mais, deve haver respeito nas dúvidas, comentários e opiniões dos colegas, pois é muito importante a harmonia entre todas nas aulas, uma vez que a boa convivência possibilita uma aula mais bem aproveitada, além do mais, todos têm direito a opinar.

B – Respeito a manifestação do aluno: todo aluno tem direito de se manifestar em sala de aula, com perguntas e comentários, desde que sejam pertinentes ao que for tratado em aula. Cada um tem a sua opinião e esta deve ser respeitada. Debates sempre serão bem-vindos, assim como qualquer dúvida, pois a escola é um espaço de aprendizagem.

C – Postura do aluno: orientar para que aquele que deseja se manifestar durante a aula levante a mão e aguardar que o Professor lhe passe a palavra assim que for possível. Ficar chamando o Professor ou começar a falar quando alguém já está, pode tumultuar a aula e atrapalhar os colegas.

D - Evitar saídas desnecessárias: a dispersão por parte do aluno é muito comum nos idos de hoje, é um reflexo que muitos carregam de casa, onde não encontram um ambiente que lhe proporcione limites, deixando-o livre para fazer apenas o que deseja. Não basta cruzar os braços e reclamar, é preciso tomar atitudes que ensinem o aluno a estabelecer limites, entendendo a diferenciar o que se pode fazer do que se deve fazer. Pedir para ir ao banheiro ou beber água é um recurso frequente para aquele que está disperso, ele simplesmente deseja sair para se distrair. Não há em si uma intenção maldosa, apenas que não sabe estabelecer prioridades. Aconselhar o aluno a ir ao banheiro nos momentos próprios e levar para as aulas uma garrafa d’água evita saídas desnecessárias e o induz a ser responsável ao se preparar para a aula, além de que aprende a controlar suas vontades, aplicando-as quando for conveniente. Outro ponto é que entrada e saída da sala durante uma aula atrapalha o seu andamento, desconcentrando os colegas e até mesmo o Professor. Obviamente o bom senso do Educador deve prevalecer ao analisar cada pedido, pois o aluno pode realmente estar com necessidades fisiológicas, mas uma boa orientação e apelo podem levar ao aluno a uma postura ética.

1.3. Regras e metodologia de trabalhos

As regras para os trabalhos orientam sobre a responsabilidade do aluno, daí a importância da observação de prazos de entrega e obediência de requisitos estéticos, e a metodologia a ser seguida, ciente de que o trabalho tem que se preocupar em conduzir o aluno no desenvolvimento de competências e habilidades esperadas para o ano cursado.
Os trabalhos solicitados pelo professor devem possuir a finalidade de auxiliar o aluno no seu desenvolvimento cognitivo, aperfeiçoar técnicas de estudo e no aprofundar em temas estudados em sala de aula.
Eles devem conduzir a melhora das técnicas de estudo, apontamento de possíveis dúvidas e preparo para as provas.
Vale lembrar que a flexibilização de uma regra deve ser feita apenas com a participação da Coordenação Pedagógica e Direção, uma vez que a anulação, modificação ou flexibilização podem repercutir de forma negativa ao bom andamento pedagógico.


2. Estudar

O modo tradicional de lecionar conduz o aluno a desempenhar um papel passivo, um receptar dos conteúdos despejados pelo professor, valorizando o decorar, deixando de lado a imaginação, criatividade e reflexão.
É nesse contexto que emerge a proposta de aula invertida, que consiste em inverter o modelo tradicional de ensino, conduzindo o aluno a desenvolver um novo papel. A introdução aos conteúdos por meio da leitura ou vídeos que antecipem o conteúdo a ser desenvolvido em sala de aula incita o raciocínio prévio e eleva o papel do Professor. Esse se torna um tutor e não mais um mero ser que deposita o conhecimento. Assim, ele auxilia e incentiva o aprendizado de forma mais profunda do aluno, o qual terá a possibilidade de trazer dúvidas, raciocínios e discussões prévias.
            Enquanto facilitador do processo de aprendizagem, o Professor deve orientar seus alunos em relação a postura que devem assumir perante os estudos.

2.1.Anotar
Fazer anotações, no livro didático ou no caderno, de explicações de textos e imagens para auxiliar nos estudos cotidianos. Pois, possibilita lembrar o que foi explicado sobre a parte estudada.

2.2.Palavras e expressões chaves

Uma das maiores dificuldades que o aluno pode enfrentar ao tentar assimilar um conhecimento é o de se deparar com termos que lhe são estranhos e não buscar compreende-los. Ele tem que entender que uma mesma palavra pode ter diferentes sentidos, pois assim terá a ideia de é preciso entender o termo de cada palavra usada num determinado contexto.
O professor pode contribuir sugerindo palavras para serem grifadas no livro para que o aluno possa pesquisar o seu significado.

2.3.Lição de casa

Importante, pois se trata de uma parte significativa do processo de aprendizagem por ser uma oportunidade de autoaprendizagem, autoconhecimento, de reflexão, de expressão e de crescimento pessoal do aluno.[3]

O professor deve buscar ir além das atividades de repetição cujo o objetivo é o de fixar um conteúdo ao aluno. Ele deve propor atividades criativas, dinâmicas, interessantes e desafiadoras, afim de que o aluno vislumbre um sentido nelas. Isso possibilita um maior interesse em desenvolve-las.

Um auxiliar importante é o uso do livro didático. Nele há atividades elaboradas na intenção de despertar a reflexão, criatividade e senso-crítico. Uma boa forma de trabalhar com o que há é:
A - Antes da exposição: o professor pede para que o aluno resolva as questões em casa antes de iniciar o capítulo.
Positivo - o aluno irá ler o capítulo antes da exposição, fato que facilitará a sua compreensão quando o professor fizer a exposição e explicação, além de poder trazer dúvidas para a aula.
Negativo - pode ocorrer de os alunos não resolverem as questões alegando que não conseguiram entender o que foi proposto.

B – Durante a exposição: o professor pede aos alunos que resolvam as atividades na medida em que expõem o conteúdo para eles.
Positivo - os alunos realizam a atividade assim que aprendem sobre o assunto.
Negativo - deve ser feito em sala de aula, o que exige um tempo maior, fato que pode ocasionar numa diminuição da exposição do professor ou mesmo em não encerrar o conteúdo.

C – Após a exposição: ao término da exposição do conteúdo, o professor pede para que os alunos resolvam as atividades em casa.
Positivo - a correção tem a função de revisão.
Negativo - dúvidas que o aluno possa ter no desenvolvimento da atividade deverá ser retomada, expandindo o tempo de trabalho sobre o capítulo.

2.4. Conteúdo adicional e/ou interdisciplinar

O conhecimento é amplo e interdisciplinar, portanto, prender o aluno apenas ao livro didático é não possibilitar um desenvolvimento mais universalista para ele.

A interdisciplinaridade desenvolve capacidades extremamente valiosas nos alunos, como a curiosidade, o interesse pelo aprendizado e a habilidade de trabalhar em grupo. Isso desemboca, concomitantemente, em resultados significativos no desempenho deles e em seu desenvolvimento como seres sociais.

Logo, o professor deve disponibilizar textos complementares, impressos ou online, vídeos, músicas e todo e qualquer recurso que possa enriquecer o conhecimento dos alunos, contribuindo para o despertar da sua curiosidade e interesse pelo conhecimento.


3. Rever
           
Rever os conteúdos estudados garante que o que foi estudo irá fluir, se desenvolver. Afinal, possibilita ao aluno a oportunidade de identificar suas duvidadas e dificuldades na sua rotina de estudos.


3.1. Início das aulas

Iniciar cada aula com uma breve revisão do que foi visto na aula anterior. Ela pode ser feita de modo expositivo, tanto pelo professor como por um aluo, por meio de perguntas direcionadas à classe ou para alunos específicos, ou mesmo determinar previamente um aluno para apresentar um resumo.
O objetivo é de estabelecer uma conexão entre os conteúdos estudados em cada aula com a intenção de levar o aluno a compreender a sequência didática do que é estudado.

3.2. Revisão do capítulo

No findar de cada capítulo, fazer uma revisão sobre os principais temas ali abordados. Pode ser uma exposição oral ou perguntas direcionadas aos


3.3. Revisão da unidade

Relembrar e fixar todo o conteúdo estudado na unidade, focando os pontos principais, sanando qualquer dúvida ou superando dificuldades que possam haver. Pode ocorrer oralmente na forma de exposição do professor ou perguntas direcionadas, mas também pode ser pedido um resumo por escrito utilizando as atividades de revisão presentes nos livros didáticos.


4. Produzir

Orientar o aluno a estudar faz parte da atuação do professor. Não basta lhe dizer para fazer e cobrar, é preciso ensiná-lo a produzir.
Aqui é importante salientar a responsabilidade do aluno com os estudos, cumprindo prazos, seguindo orientações metodológicas e demonstrando esforço em aprender.

4.1. Livro didático

As atividades presentes no livro didático são contextualizadas dentro do que se espera do aprendizado de cada um em relação ao seu ano de estudo. Daí se faz importante resolve-las, pois ajuda no desenvolvimento de habilidades e é um preparo para as provas. É o momento perfeito de se colocar em prática os saberes, identificar dúvidas, desenvolver responsabilidade, formar o hábito de estudo e demonstrar suas dificuldades para que o professor possa lhe auxiliar.

4.2. Resumo

A produção do resumo é de grande importância na elaboração e compreensão de conceitos. Ele é a apresentação de uma síntese bem clara e concisa das ideias principais da obra ou texto. Por isso se faz imprescindível ser escrito com as próprias palavras do autor, sem conter comentários pessoais ou juízos.

Nesta intenção, trabalhar com a produção de resumo ajuda a estudar ao mesmo tempo em que conduz o aluno à prática. Tornando-o ativo na produção de saberes. Uma forma de prepara-lo para isso é organizar o conteúdo em tópicos para que, na medida que o aluno os desenvolve, cria seu resumo.

A – Sequência lógica – o uso do raciocínio lógico apresenta papel importantíssimo em diversas áreas da vida, por isso sua aplicação deve ir além da matemática, disciplina que a pratica constantemente. É justamente por isso que para desenvolver este tipo de tópico é necessário que o aluno elabore uma explicação dentro de uma sequência de ideias que se relacionam entre si de forma lógica. 

B – Reflexão – uma reflexão começa com uma fala resumida do texto ou tema e a opinião firmada sobre ele, usando dados concretos e coerentes da realidade.

Embora exigir do aluno uma reflexão seja lhe pedir para elaborar uma resposta subjetiva, é importante frisar que essa não se traduz em um texto superficial pelo seu caráter pessoal. Deve haver um tom acadêmico e ser organizados de maneira coerente e profunda, onde o aluno desenvolve conceitos.
           
C – Conteúdo – alguns conteúdos exigem que o aluno os dominem. São pré-requisitos para a construção do saber. Aqui o aluno deve mostrar que conhece o objeto de estudo.

D – Descrição – uma descrição objetiva apresenta a pessoa, lugar ou objeto de uma maneira realística, sem inclusão das percepções pessoais. Esse tipo de tópico ensino a objetividade.

E – Desenho, gráfico ou tabela - este tipo de imagem significa pode nos dar mais informações além daquelas exibidas à primeira vista. O aluno deve ser capaz de compreender além d aparecia, buscando entender a ideia ou a informação contida de forma não escrita.

4.3. Trabalho em grupo

O grande objetivo do trabalho em grupo é o de promover a troca de conhecimento entre os integrantes, onde os mesmos exercitam suas capacidades de comunicação em busca de um objetivo.
Um outro aspecto da importância disso é que durante as atividades os membros que o formam são expostos a construção coletiva do conhecimento, que possibilita a troca de experiências entre os colegas e o contato com percepções distintas. Além disso, as crianças desenvolvem a capacidade de ouvir e respeitar opiniões diferentes, permitindo que os estudantes se unam a fim de alcançar um objetivo em comum.


5. Refazer

            Fazer de novo um trabalho é uma grande possibilidade de ensinar o aluno por meio prático a identificar e superar as suas dificuldades.

5.1. Atividades do livro didático

O desenvolvimento delas deve ocorrer de forma prévia a exposição do professor em sala de aula. Os alunos as fazem em casa ou na sala de aula e depois o professor as corrige de forma oral, responsabilizando cada um em verificar se fez corretamente, se precisa acrescentar algo ou mesmo refazer.
A correção pode ser feita de forma oral pelo professor ou ele pode solicitar para que os alunos falem o que responderam.
Assim, o professor irá despertar no aluno a responsabilidade com seus estudos, sendo guardião da correção de suas atividades, as quais podem lhe auxiliar nos estudos.

5.2. Reescrita da prova

Levar o aluno a rever o conteúdo estudado por meio da autocorreção da sua última prova, a fim de que ele possa refletir sobre suas dificuldades.
O que se espera é que o aluno tenha uma atitude crítica em relação à sua interpretação textual (questões) e própria produção de texto (resposta), possibilitando uma melhora no seu aproveitamento escolar em relação as competências e habilidades esperadas para o que lhe é esperado.




[1] https://www.projectbuilder.com.br/blog/como-definir-o-plano-de-acao-e-a-sua-importancia-para-projetos/
[3] https://www.colegiosaojudas.com.br/importancia-da-licao-de-casa/.

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